POR ONDE ANDAM OS PORCOS

DIREÇÃO: Kildery Iara

RECIFE/PE, 2019 | 80min | Classificação indicativa: 18 anos

Por Onde Andam os Porcos ©Rhaiza Oliveira
©Rhaiza Oliveira

12/3, às 21h
13/3, às 17h

LOCAL: Teatro Sérgio Cardoso

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PENSAMENTO EM PROCESSO
DIÁLOGO ENTRE MILO RAU E WAGNER SCHWARTZ

Sinopse

A imagem do porco capitalista ganha uma releitura na performance. Em vez de pensar na figura centralizada do opressor, o trabalho apresenta o sistema como um organismo auto regulável, que impõe sua lógica a movimentos divergente. Os indivíduos são vistos como seres políticos, pessoas que vestem a máscara de porco e ajudam a sustentar a estrutura de mundo. A partir de obras como A Sociedade do Cansaço, de Byung Chul Han, o espetáculo questiona a lógica de desempenho super produtivo da sociedade capitalista – com sistemas de autoexploração e monitoramento que disfarçam o custo humano para manter essa ordem. Em cena, os artistas propõem expressões e movimentos que questionam qual é o corpo desse estado hipnótico do desempenho e buscam não se apagar em meio ao excesso de individualização. O trabalho é feito de cenas improvisadas, e as intérpretes modificam seus gestos de acordo com estímulos do espaço. Tudo acontece como numa galeria de arte, onde o público tem livre circulação.

Histórico

Kildery Iara é integrante do CARNE (Coletivo de Arte Negra), no qual faz parte do corpo de curadoras do Palco Preto, festival independente de arte realizado no Recife e região metropolitana. Formada em dança pela UFPE, investe na integração de linguagens artísticas, tendo o corpo como disparador de questões. Durante sua carreira, já compôs os elencos do Grupo Experimental (PE) e da Cia. Municipal de Dança de Caxias do Sul (RS), foi professora da escola preparatória de dança em Caxias do Sul e atua, há oito anos, como arte-educadora em dança no estado de Pernambuco.

CRÍTICAS

A ideia de que até o repouso humano segue uma ordem de acordo com prioridades econômicas, e que um certo ostracismo humano são evidenciados no sistema capitalista são alguns dos tensionamentos importados pela coreógrafa pernambucana (…) Na medida em que vivemos a precarização do meio ambiente e da qualidade de vida humana, essa ideia coletiva de um fim de mundo parece retornar de forma latente em nossos temores.

ANDRÉ SANTA ROSA, Diário de Pernambuco

Ficha Técnica

DIREÇÃO GERAL: Kildery Iara
DIREÇÃO DE ARTE: Iagor Peres
DIREÇÃO ARTÌSTICA: Iagor Peres e Kildery Iara
INTÉRPRETES-CRIADORAS: Kildery Iara, Marcela Aragão, Meujael Gonzaga e Marcela Felipe
FIGURINO E PRÓTESES: Meujael Gonzaga
ILUMINAÇÃO: Iagor Peres
OBJETOS DE CENA: Iagor Peres e Meujael Gonzaga
AMBIÊNCIA SONORA: Hugo Coutinho
PRODUÇÃO: Kildery Iara
OPERADOR DE DRONE: Ricardo Moura

ENTREVISTA
Críticas