MEIA NOITE

DIREÇÃO: Orun Santana

RECIFE/PE, 2018| 60min | Classificação indicativa: Livre

Meia Noite ©Livia Neves
©Livia Neves

11/3, às 21h
12/3, às 16h

LOCAL: Teatro Alfredo Mesquita

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Pensamento em processo

Sinopse

No espetáculo, a capoeira é tratada como elemento criador e motivador do movimento e também como um ponto de partida para se pensar a memória do corpo negro que dança. Para tanto, o bailarino Orun Santana se inspira na vivência com seu pai, o mestre Meia-Noite, cofundador do Centro de Educação e cultura Daruê Malungo, na periferia do Recife, espaço onde o intérprete cresceu e onde desenvolve trabalhos. Em cena, Santana faz um paralelo entre dois universos. Um, pessoal, de sua relação familiar, entre pai e filho, mestre e discípulo. Outro, social e cultural, dos movimentos e do imaginário político-poético do corpo negro na cena. Dessa forma, o intérprete costura imagens e memórias da dança negra, de danças populares do Nordeste e do corpo brincante, assim como aspectos de sua própria ancestralidade.

Histórico

Orun Santana é bailarino, capoeirista, professor, pesquisador em dança e cultura afro do Recife. Formado pelo Centro de Educação e Cultura Daruê Malungo, pelos mestres Meia-Noite e Vilma Carijós, o artista é brincador da cultura popular e faz das vivências com as danças e brinquedos o seu lugar de pesquisa corporal e de investigações artística para a cena. Ao longo de sua carreira, Santana passou pelo Grupo Grial, pela Compassos Cia. de Danças e pela Cláudio Lacerda Dança Amorfa. Atualmente, é diretor artístico da Cia. De Dança Daruê Malungo. De sua pesquisa Jogar a Dança – Corpo, Imagem e Ancestralidade Negra na Cena nasceu o espetáculo Meia Noite, com o qual recebeu o prêmio de melhor bailarino no festival Janeiro de Grandes Espetáculos (PE).

CRÍTICAS

Orun dança com gestos femininos arrebatadores. Joga a cabeça para os lados, os cabelos aspergem a água que se guardaram neles, uma fonte inesgotável. No lugar dos lenços transparentes, uma masculina calça de capoeirista, branca, engomada, de linhagem. Depois, ele veste uma camisa branca imaculada. Gestos de sacerdote iniciado nos mistérios.

RONALDO CORREIA DE BRITO, Revista Continente

Ficha Técnica

INTÉRPRETE-CRIADOR E DIRETOR: Orun Santana
CONSULTORIA ARTÍSTICA: Gabriela Santana
ASSISTENTE DE DIREÇÃO: Domingos Júnior
TRILHA SONORA: Vitor Maia
ILUMINAÇÃO: Natalie Revorêdo
CENOGRAFIA E FIGURINO: Victor Lima
PRODUÇÃO: Danilo Carias (Criativo Soluções)

ENTREVISTA
Críticas