FARM FATALE

TÍTULO ORIGINAL: FARM FATALE

O título, “fazenda fatal”, brinca com a expressão francesa “femme fatale” (mulher fatal).

DIREÇÃO E PRODUÇÃO: Philippe Quesne / Münchner Kammerspiel

ALEMANHA/FRANÇA, 2019 | 1h30min | Classificação indicativa: 12 anos

Farm Fatale © Martin Argyroglo
© Martin Argyroglo

12/3, às 21h
13/3, às 21h
14/3, às 21h

LOCAL: Sesc Vila Mariana

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Oficina: Masterclass – Escrever com o Cenário

Sinopse

Em Farm Fatale, o diretor Philippe Quesne evoca o imaginário da vida no campo. Mas esse espaço rural, antes idílico, agora surge num futuro distópico, já todo abandonado. Os sons da natureza se dissiparam, os pássaros e insetos desapareceram e as pessoas foram embora. Sobrou apenas um grupo de espantalhos, cinco figuras engenhosas que tentam rememorar o passado e, aos poucos, preencher esse lugar vazio. Eles vão trazendo elementos para o palco desnudo, unem-se num programa de rádio independente, fazem músicas, discutem problemas ambientais e até se lançam a questionamentos filosóficos. Mascarados, com a voz deformada e o caminhar endurecido, como se fossem zumbis, esses personagens usam do humor e da ironia na busca de um recomeço, na utopia de um mundo novo e melhor – um mundo sem pessoas.

HistóricoUma das principais companhias da cena alemã, a Münchner Kammerspiele funciona desde 1933 como teatro municipal de Munique. Em seus trabalhos, o grupo busca um diálogo e uma confrontação com o presente e investe numa estética inovadora, contemporânea e cosmopolita, com enfoque sociopolítico. Em 2015, quando Matthias Lilienthal assumiu a direção artística do teatro, a instituição procurou expandir seu escopo artístico, trabalhando com nomes reconhecidos e talentos mais jovens, além de convidar diretores de várias nacionalidades, como Philippe Quesne, Rabih Mroué e Toshiki Okada. A Münchner Kammerspiele foi eleita, em 2019, o teatro do ano pela revista Theater Heute. Com Farm Fatale, Quesne faz sua segunda montagem dentro da instituição alemã – a primeira foi Caspar Western Friedrich, de 2016. Formado em artes visuais, o diretor francês trabalhou durante dez anos elaborando cenários para espetáculos teatrais, óperas e exposições. Na direção, ele cria espetáculos com forte conexão entre espaço, cenografia e os corpos que ocupam o palco. Ele fundou, em 2003, a companhia Vivarium Studio, reunindo atores, artistas plásticos e músicos, numa pesquisa entre o lúdico e o melancólico. Desde 2014, é codiretor do teatro francês Nanterre-Amandiers.

CRÍTICAS

Farm Fatale, de Philippe Quesne, se mostra uma encenação bucólica e bizarra, cheia de piadas maravilhosas, mas na qual também surge a utopia de um mundo melhor. Um mundo sem pessoas. Sinceramente: aquecimento global, extinção de espécies – nós, humanos, estragamos tudo! Talvez realmente fosse melhor que o planeta começasse tudo de novo. Na sala vazia. E sem nós.

CHRISTOPH LEIBOLD, Deutschlandfunk Kultur

Tudo é um absurdo maravilhoso, os cinco [personagens] falam baboseiras sobre abelhas – “Let It Bee” –, pois há uma alegria especial, ainda que realmente nos encontremos num apocalipse desertificado. Mas os espantalhos dão esperança (…) e acabam num mundo que talvez não exista mais, mas do qual algo novo possa emergir.

EGBERT THOLL, Süddeutsche Zeitung

Nenhuma ideia muito estranha, nenhum jogo de palavras ridículo, nenhum gesto demasiado trivial, nenhuma conclusão ingênua demais. Porque com sua pequena e democrática sociedade de espantalhos, Philippe Quesne desenha um espelho de nós mesmos.

TERESA GRENZMANN, Frankfurter Allgemeine Zeitung

Ficha Técnica

CONCEPÇÃO, DIREÇÃO, CENÁRIO, FIGURINOS E PRODUÇÃO DE PALCO: Philippe Quesne
ELENCO: Léo Gobin, Stefan Merki, Damian Rebgetz, Julia Riedler e Gaëtan Vourc’h
COLABORAÇÃO CENOGRÁFICA: Nicole Marianna Wytyczak
COLABORAÇÃO DE FIGURINOS: Nora Stocker
ILUMINAÇÃO: Pit Schultheiss
DRAMATURGIA: Martin Valdés-Stauber
PRODUÇÃO: Münchner Kammerspiele, em coprodução com Nanterre-Amandiers, Centre Dramatique National

ESTE ESPETÁCULO É APOIADO PELO CONSULADO GERAL DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA EM SÃO PAULO, PELO GOETHE-INSTITUT, PELO CONSULADO GERAL DA FRANÇA EM SÃO PAULO E PELO INSTITUT FRANÇAIS

Críticas