CANCIONEIRO TERMINAL

DIREÇÃO: Grupo MEXA

SÃO PAULO/SP, 2019 | 80min | Classificação indicativa: 12 anos

COMUNICADO

Cancioneiro Terminal, do Grupo Mexa, um dos espetáculos cancelados da MITbr de 2020 em função da pandemia, será exibida dia 20 de junho no YouTube da Biblioteca Mário de Andrade.

Cancioneiro Terminal ©Laysa-Elias

©Laysa-Elias

13/3, às 19h
14/3, às 19h

LOCAL: Biblioteca Mário de Andrade – Sala Tula Pilar Ferreira

*No dia do espetáculo, a bilheteria será aberta com uma hora de antecedência para retirada de ingressos.
Gratuito*
PENSAMENTO EM PROCESSO
DIÁLOGO ENTRE MILO RAU E WAGNER SCHWARTZ

Sinopse

O MEXA é um coletivo artístico que trabalha com pessoas à margem. Em Cancioneiro Terminal, o grupo parte da investigação de fotografias e vídeos produzidos sobre si. Os performers se relacionam com as imagens gravadas e se perguntam com quais delas gostariam de contar a história do seu presente. O grupo atua desde 2015 e, ao longo desse tempo, algumas integrantes desapareceram, outras reapareceram, houve quem tentasse se matar, quem se transicionou, teve uma filha, foi presa, foi internada em um hospital, mudou de país, de profissão, de nome. Essas pequenas histórias, juntas, contam a narrativa sempre processual do grupo, que trabalha a partir de suas próprias vivências transformadas em cena. A cada performance, o MEXA reencena e edita em tempo real um novo filme, através de exercícios de tradução e dublagem. Ao fazer isso, os artistas pensam sobre o que significa ser uma imagem, o que fica quando tudo o mais desaparece e como, sendo um corpo coletivo, caminhar juntos.

Histórico

O MEXA foi criado em 2015 após episódios de violência em alguns centros de acolhida em São Paulo. O grupo realiza ações que transitam entre a arte e a política, assumindo lugares de fala e de falha de conceitos que procuram enquadrar corpos e estéticas. É formado por pessoas em situação de vulnerabilidade, em situação de rua e por membros da comunidade LGBTT que, a partir de derivas, performances, escritas e protestos, criam obras limítrofes, que não se encaixam em categorias precisas. O coletivo já se apresentou em espaços como Esponja, Casa do Povo, Pinacoteca e galeria Jaqueline Martins, além de ter participado de mostras como a VERBO, realizada pela Galeria Vermelho, e a 11ª Bienal Sesc de Dança. Em 2019, recebeu o Prêmio Denilto Gomes de Dança na categoria olhares para estéticas negras e de gênero.

CRÍTICAS

Esse tipo de perigo físico em potencial pode ser raro para mim, como homem branco, mas é uma característica da vida cotidiana dos performers do Grupo MEXA, coletivo formado em 2015 por artistas predominantemente negros, trans e LGB, artistas de teatro e ativistas. Não havia qualquer vitimismo na apresentação: em vez disso, à luz de neon, eles cantavam, se moviam e dançavam juntos e em solos.

OLIVER BASCIANO, Art Review [sobre performance anterior apresentada na galeria Jaqueline Martins]

O grupo trouxe um grito de raiva: todos nós temos que ver o mundo como ele é! Os corpos se levantam. Os corpos têm uma voz. Eles têm música. Eles têm nomes: Tatiane Dell Campobello, Barbara Brito, Anne Dourado, Patricia Borges, Yasmin Bispo e Anita Silvia. Eles têm vontades. Eles são trans. Eles usam alta-costura. Eles moram nas ruas, mas também frequentam galerias de arte.

CAROLLINA LAURIANO, Terremoto [idem]

Ficha Técnica

DIREÇÃO GERAL: Grupo MEXA
CONCEPÇÃO DO GRUPO: Anita Silvia e Dudu Quintanilha
DRAMATURGIA: João Turchi
DIREÇÃO AUDIOVISUAL: Dudu Quintanilha
BANDA: Alessandro Lins dos Anjos, Dourado, Barbara Britto e Giulianna Nonato
PRODUÇÃO: Lu Mugayar
PERFORMERS: Daniela Pinheiro, Ivana Siqueira, Tatiane del Campobello, Patrícia Borges, Yasmin Bispo, Luiza Brunah Wunsch, Fabíola Dummont, Muniky Flor, Roberto Lima Miranda, Kristen Oliveira, Anita Silvia, Alessandro Lins dos Anjos, Barbara Britto, Dourado, Dudu Quintanilha, Giulianna Nonato, João Turchi, Laysa Elias, Lu Mugayar
PROJETO GRÁFICO: Celso Longo
ILUMINAÇÃO: Helo Duran
CAPTAÇÃO DE IMAGENS: Laysa Elias
MAQUIAGEM: Lavínia Favero e equipe

Grupo em residência na Casa do Povo
ENTREVISTA
Críticas