O ÂNUS SOLAR

DIREÇÃO: Maikon K

CURITIBA/PR, 2017 | 90min | Classificação indicativa: 18 anos

COMUNICADO

As apresentações do espetáculo O Ânus Solar foram canceladas devido à suspensão das atividades do Centro Cultural São Paulo, informada na sexta (13/3) pela Prefeitura de São Paulo.

Anus Solar ©Lauro Borges
©Lauro Borges

14/3, às 18h30*
15/3, às 18h30

LOCAL: Centro Cultural São Paulo – espaço cênico Ademar Guerra

* venda de ingressos para o dia 14/3 será liberada em 19/2
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PENSAMENT- EM-PROCESSO

Sinopse

Pequeno escrito surrealista do francês Georges Bataille, O Ânus Solar serve de inspiração para o trabalho de Maikon K, que cria uma espécie de ritual cênico a partir dos temas tratados no livro – como a crítica ao conceito de civilização e às regras sociais, além de um enfrentamento ao modo como lidamos com o prazer e a morte. O artista transita entre blocos performáticos, teatrais e musicais, trazendo à tona a pulsão erótica contida nos tabus e interdições. Durante a performance, discursos e objetos são utilizados e depois descartados: é como se o corpo, na impossibilidade de ser transcendido ou silenciado, se dividisse e se decompusesse em diferentes vozes e imagens. O performer evoca ainda a escrita surrealista e extática do texto de Bataille, combinando gestos e imagens que, postos lado a lado, perdem ou alteram seu significado original.

Histórico

Artista da performance, Maikon K iniciou sua formação nas artes cênicas. Graduado em ciências sociais, com ênfase em antropologia do teatro, desde 2002 pesquisa formas de alterar a consciência através de ritos e movimento. Influenciado por práticas xamânicas, seu trabalho se centra no corpo e na sua capacidade de alterar percepções. Nas suas obras, o performer se desdobra em diversas realidades por meio de técnicas específicas e linguagens, como a canção, o som não verbal, a dança e atividades ritualizadas. Entre suas criações estão Corpo Ancestral, DNA de DAN e Neblina Canibal.

CRÍTICAS

A performance de Maikon K e o pensamento de Bataille nos lembram que não podemos nos esquivar diante de nossa finitude, com tudo aquilo que ela carrega de inquietante. Ao invés de tentar contorná-la ou domesticá-la, o pensamento batailliano e a arte de Maikon K promovem um encontro para com esta. Neste sentido, se quisermos tratar dessa questão em sua radicalidade, podemos dizer que o trabalho O Ânus Solar nos ensina a morrer.

DANIEL VERGINELLI GALANTIN, Bocas Malditas

Ficha Técnica

CONCEPÇÃO E PERFORMANCE: Maikon K
INTERLOCUÇÃO ARTÍSTICA: Patrícia Saravy
LUZ: Fábia Regina
SOM: Beto Kloster
FIGURINO: Faetusa Tezelli
CENOTÉCNICO: André Baliú
ORIENTAÇÃO SONORA: Iria Braga
VÍDEO: Tathy Yazigi (captação) e Stephany Mattanó (edição)
PRODUÇÃO: Corpo Rastreado
FOTOS: Lauro Borges

Este espetáculo foi criado com apoio do Prêmio Funarte Myriam Muniz de Teatro 2015
ENTREVISTA
Críticas