BY HEART

TÍTULO ORIGINAL: BY HEART

* Em inglês, “de cor”, expressão que remete à memória e ao emotivo, ao coração (“heart”)

DIREÇÃO: Tiago Rodrigues

PORTUGAL, 2013 | 1h30min a 2h | Classificação indicativa: 12 anos

By Heart ©Magda Bizarro©Magda Bizarro

10/3, às 21h
11/3, às 21h
12/3, às 21h

LOCAL:  Teatro Faap

Adquira seu ingresso
Diálogos transversais
Entrevista pública com Tiago Rodrigues
Oficina: Um Teatro que Seja Nosso: Escrevendo para Pessoas
Sopro

Sinopse

A história do espetáculo nasceu da relação de Tiago Rodrigues com sua avó Cândida, cozinheira e leitora assídua, que tinha por hábito decorar trechos de livros, muitos presenteados pelo neto em suas visitas. By Heart trata do vínculo entre a literatura e a memória, em especial do aspecto afetivo dessa relação. É um teatro que se assume como espaço de transmissão do conhecimento que não pode ser medido, que não é palpável – como o esconderijo que criamos, em nossos cérebros e corações, para textos proibidos durante regimes autoritários, decorando as obras e garantindo sua sobrevivência ao longo dos tempos. No solo, o ator e diretor trabalha a memorização de versos enquanto fala de sua avó quase cega, de personagens literários, escritores e críticos (como William Shakespeare, Boris Pasnernak, Ray Bradbury e George Steiner), além de um programa de TV holandês chamado Beleza e Consolação.

Histórico

Ator, diretor e dramaturgo, Tiago Rodrigues aborda o teatro como uma assembleia: um local de encontro e partilha de ideias. Notabilizou-se por espetáculos que trafegam entre a realidade e a fantasia, com grande sofisticação poética e de pensamento. Quando ainda era estudante, em 1997, trabalhou com o grupo tg STAN e, em 2003, cofundou a companhia Mundo Perfeito com Magda Bizarro, na qual criou e apresentou cerca de 30 espetáculos em mais de 20 países. Foi também professor de teatro em instituições como a escola de dança belga PARTS, dirigida pela coreógrafa Anne Teresa de Keersmaeker, a escola suíça de artes performativas Manufacture e o projeto internacional École des Maîtres. Paralelamente ao seu trabalho em teatro, escreveu argumentos para filmes e séries de TV, artigos, poesia e ensaios. Algumas das suas obras mais notáveis são By Heart, Antônio e Cleópatra, Bovary, Como Ela Morre e Sopro, que estreou no Festival d’Avignon de 2017. Em 2018, ganhou o XV Prémio Europa Realidades Teatrais. No mesmo ano, foi distinguido pelo governo francês com o título Chevalier de l’Ordre des Arts et des Lettres (Cavaleiro da Ordem das Artes e Letras), e recentemente recebeu o Prêmio Pessoa 2019. Desde 2015, Rodrigues é o diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II, um dos principais teatros da Europa.

CRÍTICAS

É sobre o coração. Sobre contar histórias. Sobre memória. E sobre livros. É o teatro reduzido a uma poderosa essência. É um dos trabalhos mais delicados, simples e complexos que você vai ver. E tudo isso apresentado de forma calorosa, exuberante e com muito humor. By Heart é primoroso.

TRACEY KORSTEN, Glam Adelaide

De Shakespeare a Ray Bradbury, esta estimulante releitura do teatro moderno é uma ode ao poder da memória. E à noção de que, mesmo que a liberdade, os livros e os corpos sejam suprimidos, nada nem ninguém pode nos tirar as palavras fincadas em nossos corações.

EDWINA SLEIGH, revista Fest

Rodrigues é um grande diretor, mas o que faz dele um gigante é o modo magistral como ele escreve sobre tudo e como cria personagens com quem simpatizamos e por quem até nos apaixonamos.

CÁTIA FAÍSCO, The Theatre Times

Ficha Técnica

TEXTO, ENCENAÇÃO E INTERPRETAÇÃO: Tiago Rodrigues
COM FRAGMENTOS E CITAÇÕES DE: William Shakespeare, Ray Bradbury, George Steiner e Joseph Brodsky, entre outros
CENOGRAFIA, ADEREÇOS E FIGURINO: Magda Bizarro
PRODUÇÃO EXECUTIVA: Rita Forjaz
PRODUÇÃO EXECUTIVA NA CRIAÇÃO ORIGINAL: Magda Bizarro e Rita Mendes
PRODUÇÃO: Teatro Nacional D. Maria II, a partir de uma criação original pela companhia Mundo Perfeito
COPRODUÇÃO: O Espaço do Tempo, Maria Matos e Teatro Municipal

ESPETÁCULO CRIADO COM O APOIO DO GOVERNO DE PORTUGAL | DGArtes E APOIADO PELO INSTITUTO CAMÕES
Críticas