O EVANGELHO SEGUNDO JESUS, RAINHA DO CÉU

TÍTULO ORIGINAL: The Gospel According to Jesus, Queen of Heaven

COM Jo Clifford

REINO UNIDO, 2009 | 60min | Classificação indicativa: 16 anos

Jesus Queen of Heaven @Aly Wight©Aly Wight

6/3, às 21h
7/3, às 21h

LOCAL: Centro Cultural São Paulo – Sala Jardel Filho

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O Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu – com Renata Carvalho

Sinopse

Dez anos depois de sua estreia na Escócia, a atriz e dramaturga Jo Clifford apresenta pela primeira vez seu monólogo em São Paulo. Neste ritual queer revolucionário, o pão é compartilhado, o vinho é bebido e Jesus (vivido pela artista) é recriado como uma transexual. A peça, que causou rebuliço entre cristãos logo em sua estreia, numa igreja em Glasgow, foi criada pela dramaturga britânica como forma de lidar com sua própria fé e sua transexualidade. Para isso, toma por base um dos pilares do discurso cristão: a aceitação. É, portanto, um dispositivo de reflexão a respeito das relações entre arte e sociedade, e sobre o poder das dramaturgias trans no confronto com mecanismos estruturais de exclusão. A obra de Clifford inspirou a montagem brasileira homônima, interpretada por Renata Carvalho, que também será apresentada na MITsp.

Histórico

A inglesa Jo Clifford é dramaturga e performer, autora de peças como Loosing Venice e The Taming of the Shrew. Em 2015, criou a Queen Jesus Productions para auxiliar a turnê do monólogo Evangelho Segundo Jesus, Rainha do Céu. Nesse ano, a equipe fez uma temporada no Fringe do Festival de Edimburgo apoiada pelo Made in Scotland, depois a obra foi apresentada no festival Outburst, em Belfast; no Queer Contact, em Manchester; e, com o apoio do British Council, no FIT – Festival Internacional de Teatro de Belo Horizonte. O trabalho foi realizado (em parte ou por completo) em igrejas, bares, teatros e festivais em todo o Reino Unido, incluindo uma bem-sucedida edição especial de Natal, em 2018, apoiada pela Creative Scotland no Traverse Theatre, em Edimburgo. Em 2019, a companhia foi selecionada pela primeira vez pelo Made in Scotland Festival, em Bruxelas.

CRÍTICAS

O Evangelho de Clifford é como um abraço apertado. É um ato de comunhão e cura, mas também é raivoso. Tão engraçado e irreverente como sua releitura do Bom Samaritano como uma ‘travesti velha’ com sêmen nos lábios, sua invocação do Gólgota e da Paixão é agonizante. (…) Condenada por blasfêmia quando estreou, em 2009, a história de Clifford é, na realidade, o absoluto oposto. O que ela transmite pode ser uma doutrina herege, mas é um momento profundamente espiritual, quase sagrado, que prega a bondade e a coragem diante da crueldade, da ignorância e do medo.

STEWART PRINGLE, Fest Mag

É preciso frisar que este não é um ataque à fé ou ao cristianismo. Pelo contrário, é um trabalho de celebração, quase de devoção, que provavelmente representa mais o coração dos Evangelhos do que um costumeiro programa de Natal. Aqueles de nós que há muito tempo deixaram de acreditar que qualquer esforço artístico é capaz de transformar as pessoas em seres humanos melhores certamente pode dar uma pausa nesse pensamento.

HUGH SIMPSON, All Edinburgh Theatre

Um dos percursos mais marcantes da história recente do teatro JOYCE MCMILLAN, The Scotsman

Ficha Técnica

TEXTO E ATUAÇÃO: Jo Clifford
DIREÇÃO: Susan Worsfold
PRODUÇÃO: Annabel Cooper

ESTE ESPETÁCULO É UMA COPRODUÇÃO DO CENTRO CULTURAL SÃO PAULO, FarOFFa E MITsp

FOTOS

Críticas