MULTIDÃO (CROWD)

TÍTULO ORIGINAL: CROWD

DIREÇÃO: Gisèle Vienne

FRANÇA, 2017 | 1h30min | Classificação indicativa: 14 anos

Crowd ©Mathilde Darel
©Mathilde Darel

5/3, às 20h*
6/3, às 21h
7/3, às 21h

*(Cerimônia de abertura) / 21h: espetáculo (para convidados)

LOCAL: Auditório Ibirapuera

Adquira seu ingresso
Oficina: Sob os Escombros: Introdução ao Material de Multidão
Babaca

Sinopse

Na peça da artista franco-austríaca Gisèle Vienne, 15 jovens vivem uma montanha-russa de emoções durante uma festa de techno. Guiados por uma seleção musical que reúne artistas de renome na história da dance music, como DJ Rolando, Global Communication e Jeff Mills, os dançarinos vivenciam situações intensas e alcançam estados alterados de seus sentidos. Fazem isso manipulando a velocidade dos movimentos de seus corpos em momentos predominantemente coletivos, sem excluir as narrativas individuais pelas quais cada um passa naquela noite. Vienne, cujos trabalhos investigam a relação entre o artístico e o religioso – esbarrando em questões complexas do comportamento humano, como o erotismo e a violência –, cria aqui um jogo de ritmos que provoca a impressão de distorção do tempo, remetendo a uma sensação alucinógena, hipnótica.

HistóricoGisèle Vienne é artista, coreógrafa e diretora franco-austríaca. Após se formar em filosofia, estudou na École Supérieure Nationale des Arts de la Marionnette, instituto francês voltado aos estudos de marionetes. Trabalha regularmente com o escritor Dennis Cooper, os músicos Peter Rehberg e Stephen O’Malley e o designer de luz Patrick Riou, entre outros artistas. Suas obras transitam entre linguagens (artes cênicas, plásticas, cinema) para dissecar as relações humanas, o artístico e o religioso. Vienne dirigiu e coreografou, com a colaboração de Dennis Cooper, vários trabalhos, entre eles I Apologize (2004), Kindertotenlieder (2007), Babaca (Jerk, 2008), This Is How You Will Disappear (2010), The Pyre (2013), The Ventriloquists Convention (2015) e Multidão (Crowd, 2017). Ela também exibe regularmente seu trabalho fotográfico.

CRÍTICAS

Tendo suas raízes na experiência de Vienne com a noite berlinense dos anos 1990, e uma trilha sonora marcante de artistas como Jeff Mills, Global Communication e Underground Resistance, [Crowd] parece ao mesmo tempo uma festa particularmente selvagem e um tríptico sobre o tema do céu e do inferno feito por um pintor como Bosch. Também há algo de A Sagração da Primavera, de Pina Bausch. 

SARAH CROMPTON, The Guardian

Crowd [Multidão], de Gisèle Vienne, reúne uma quinzena de solistas para uma viagem interior e hedonista. O cenário, um simples tablado recoberto de terra e compostagem de lixo, poderia representar um fim de noite aqui ou em qualquer outro lugar. Um a um, quase recuando, os intérpretes vão habitar esse espaço, recortado pela luz magnífica de Patrick Riou. A coreógrafa e cenógrafa captura esses instantes da noite, membros sacudidos por convulsões, beijos fugazes, jogos de mão à beira de perder o controle (…) A minúcia com que Gisèle Vienne apreende esse grupo traz também uma questão: estamos diante de um “after” ou de um espetáculo contemporâneo? Bastam alguns efeitos de rara beleza – uma lata que “explode”, fumaças que envolvem os casacos – para se assegurar. Crowd é uma verdadeira criação.

PHILIPPE NOISETTE, Les Échos

Ficha Técnica

CONCEPÇÃO, COREOGRAFIA E CENOGRAFIA: Gisèle Vienne
ASSISTÊNCIA: Anja Röttgerkamp e Nuria Guiu Sagarra
DESIGN DE LUZ: Patrick Riou
DRAMATURGIA: Gisèle Vienne e Denis Cooper
SELEÇÃO MUSICAL DE: Underground Resistance, KTL, Vapour Space, DJ Rolando, Drexciya, The Martian, Choice, Jeff Mills, Peter Rehberg, Manuel Göttsching, Sun Electric e Global Communication
EDIÇÃO E SELEÇÃO DE PLAYLIST: Peter Rehberg
SUPERVISOR DE DIVULGAÇÃO DE SOM: Stephen O’Malley
PERFORMERS: Lucas Bassereau, Philip Berlin, Marine Chesnais, Sylvain Decloitre, Sophie Demeyer, Vincent Dupuy, Massimo Fusco, Rehin Hollant, Georges Labbat, Theo Livesey, Katia Petrowick, Linn Ragnarsson, Jonathan Schatz, Henrietta Wallberg e Tyra Wigg
FIGURINOS: Gisèle Vienne em colaboração com Camille Queval e os performers
ENGENHEIRO DE SOM: Mareike Trillhaas
DIREÇÃO TÉCNICA: Richard Pierre
DIREÇÃO DE PALCO: Antoine Hordé
OPERADOR DE LUZ: Arnaud Lavisse
AGRADECIMENTOS: Louise Bentkowski, Dominique Brun, Patric Chiha, Zac Farley, Uta Gebert, Margret Sara Guðjónsdóttir, Isabelle Piechaczyk, Arco Renz, Jean-Paul Vienne e Dorothéa Vienne-Pollak
PRODUÇÃO E AGENDAMENTO: Alma Office, Anne-Lise Gobin, Alix Sarrade, Camille Queval & Andrea Kerr
ADMINISTRAÇÃO: Etienne Hunsinger & Giovanna Rua Executive producer DACM
COPRODUÇÃO: Nanterre-Amandiers, Centre Dramatique National / Maillon, Théâtre de Strasbourg – Scène Européenne / Wiener Festwochen / Manège, Scène Nationale – Reims / Théâtre National de Bretagne / Centre Dramatique National Orléans/Loiret/Centre / La Filature, Scène Nationale – Mulhouse / BIT Teatergarasjen, Bergen. Support: CCN2 – Centre Chorégraphique National de Grenoble / CND Centre National de la Danse

DEDICADO A Kerstin

A companhia Gisèle Vienne é apoiada pelo Ministério da Cultura e da Comunicação da França – Direção Regional de Assuntos Culturais Grande Leste, pela Região Grande Leste e pela cidade de Estrasburgo. Para turnês internacionais, o grupo tem apoio do Institut Français. Gisèle Vienne é artista associada no Nanterre-Amandiers, centro dramático nacional, e no Théâtre National de Bretagne, dirigido por Arthur Nauzyciel.

ESTE ESPETÁCULO É APOIADO PELO CONSULADO GERAL DA FRANÇA EM SÃO PAULO E PELO INSTITUT FRANÇAIS

FOTOS

Críticas