A REPETIÇÃO. HISTÓRIA(S) DO TEATRO (I)

TÍTULO ORIGINAL: THE REPETITION. HISTOIRE(S) DU THÉÂTRE (I)

DIREÇÃO: Milo Rau

Bélgica | 2018 | 1h40min | Classificação indicativa: 16 anos

A Repetição crédito Michiel Devijver

14/3 às 20h*
15/3 às 21h
16/3 às 21h

*(Cerimônia de abertura) / 21h: espetáculo (para convidados)

LOCAL:  Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer

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Um caso de violência que chocou a cidade de Liège, na Bélgica, em 2012, é recriado por atores profissionais e não profissionais. O jovem homossexual Ihsane Jarfi, belga de ascendência marroquina, foi torturado e morto por quatro homens ao sair de uma festa. O processo de construção do espetáculo incluiu a presença dos intérpretes no julgamento dos assassinos, assim como visitas à prisão. O diretor sugere um estudo sobre os limites e as possibilidades da representação da violência e de eventos traumáticos em cena. Com essa produção, Milo Rau apresenta a primeira etapa da série História(s) do Teatro (I), na qual convida diferentes diretores para conceberem peças, com a intenção de mostrar a maneira como eles se relacionam com o fazer teatral.

O encenador suíço Milo Rau nasceu em Berna, em 1977. Estudou Sociologia, Alemão e Estudos Romanos, em Zurique, Berlim e Paris. Atuou como jornalista em diversos jornais e revistas. Desde 2003, trabalha como diretor e autor independente. Em 2007, fundou o International Institute of Political Murder (IIPM), baseado na Suíça e na Alemanha, visando à criação e à circulação internacional de suas ações e produções teatrais e cinematográficas. Desde a sua fundação, o IIPM foca em uma abordagem multimídia de conflitos históricos e sociopolíticos reais, encenando temas como a execução de Nicolae e Elena Ceausescu (The Last Days of the Ceausescus), o genocídio em Ruanda (Hate Radio) e o caso do terrorista norueguês Anders B. Breivik (Breivik’s Statement). Já o projeto de performance (City of Change) representou a luta pelo direito dos estrangeiros ao voto em um parlamento na Suíça. Em The Congo Tribunal, Milo Rau utiliza a estrutura de um tribunal judicial para investigar as questões políticas, sociais e econômicas dos conflitos armados na região do Congo. Em 2018, o suíço assumiu a direção artística do NT GENT, um teatro público situado em Ghent, na Bélgica, e publicou o NTGhent Manifesto, documento que propõe dez diretrizes referentes às futuras produções da instituição.

Ficha Técnica

Concepção e direção: Milo Rau
Texto:  Milo Rau e Companhia
Elenco: Sara De Bosschere, Suzy Cocco, Sébastien Foucault, Sabri Saad el Hamus, Fabian Leenders e Tom Adjibi
Pesquisa e dramaturgia: Eva-Maria Bertschy
Colaboração à dramaturgia: Stefan Bläske e Carmen Hornbostel
Cenários e figurinos: Anton Lukas
Vídeo: Maxime Jennes e Dimitri Petrovic
Iluminação: Jurgen Kolb
Som e direção técnica: Jens Baudisch
Gerência de produção: Mascha Euchner-Martinez e Eva-Karen Tittmann
Câmera: Maxime Jennes e Moritz von Dungern
Equipe técnica da turnê: Pierre-Olivier Boulant (vídeo e som), Sylvain Faye e Sebastian König (palco e iluminação) e Jim Goossens Bara (câmera)
Assistência de direção: Carmen Hornbostel
Assistência de dramaturgia: François Pacco
Assistência de cenografia: Patty Eggerickx
Coreografia da luta: Cédric Cerbara
Preparador vocal: Murielle Legrand
Arranjos musicais: Gil Mortio
Relações públicas: Yven Augustin
Equipamentos: Oficinas e estúdios do Théâtre National Wallonie-Bruxelles
Elenco de apoio: Mustapha Aboulkhir, Stefan Bläske, Tom De Brabandere, Elise Deschambre, Thierry Duirat, Stéphane Gornikowski, Kevin Lerat, François Pacco, Daniel Roche de Oliveira, Laura Sterckx e Adrien Varsalona
Produção: International Institute of Political Murder (IIPM) e Création Studio Théâtre National Wallonie-Bruxelles
Apoio: Capital Cultural Fund Berlin, Pro Helvetia, Ernst Göhner Stiftung e Kulturförderung-Kanton St. Gallen e ESACT Liège
Coprodução: Kunstenfestivaldesarts, NTGent, Théâtre Vidy-Lausanne, Théâtre Nanterre-Amandiers, Tandem Scène Nationale Arras Douai, Schaubühne am Lehniner Platz Berlin, Théâtre de Liège, Münchner Kammerspiele, Künstlerhaus Mousonturm Frankfurt a. M., Theater Chur, Gessnerallee Zürich e Romaeuropa Festival

Este espetáculo é apoiado pelo programa «COINCIDÊNCIA» da Fundação suíça para a cultura Pro Helvetia
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