ALTAMIRA 2042

DIREÇÃO: Gabriela Carneiro da Cunha

Altamira 2042 é uma coprodução entre a Corpo Rastreado e a MITsp

Rio de Janeiro/RJ, São Paulo/SP e Pará/PA | 1h30min | Classificação indicativa: 16 anos

Altamira crédito Clara Mor

19/3 às 20h
20/3 às 17h* e às 21h
21/3 às 17h e às 21h

*(para convidados)

LOCAL:  Centro de Referência da Dança

Gratuito

O deslocamento e o encontro entre artistas e comunidades locais do rio Xingu são o ponto de partida para a criação de Altamira 2042. A montagem é a segunda etapa do projeto de pesquisa Margens – Sobre Rios, Crocodilos e Vaga-lumes, idealizada pela atriz e pesquisadora Gabriela Carneiro da Cunha. Trata-se de uma série de performances teatrais criadas a partir do testemunho de rios brasileiros e das pessoas que vivem em suas margens – e à margem de processos históricos, políticos e econômicos. Altamira 2042 é uma instauração sonora composta por caixas de som que amplificam testemunhos diversos sobre a catástrofe causada pela hidrelétrica de Belo Monte. São vozes que habitam as margens do Xingu: ribeirinhos afetados pela barragem, povos indígenas, lideranças de movimentos sociais, moradores de Altamira, funcionários do Governo Federal e de instituições socioambientais, a mata, os animais da região, o vento, a chuva, e até o próprio rio Xingu. Uma polifonia de seres, línguas, sonoridades e perspectivas toma o espaço para abrir a escuta do público para vozes que tantos tentam silenciar.

Gabriela Carneiro da Cunha é atriz, diretora e pesquisadora, e é formada em Artes Cênicas pela Casa das Artes de Laranjeiras (CAL). É uma das fundadoras da Pangeia Cia. de Teatro, dirigida por Diego de Angeli. Em sua trajetória no teatro, já trabalhou com diretores como Felipe Vidal, Ivan Sugahara, Celina Sodré, Isaac Bernart e Pedro Brício. No cinema, atuou como atriz e roteirista. É a idealizadora do projeto Margens – Sobre Rios, Crocodilos e Vaga-lumes, que, em 2015, estreou sua primeira etapa com a peça Guerrilheiras Ou Para a Terra Não Há Desaparecidos, com direção de Georgette Fadel. Esta segunda etapa, sobre o Xingu, foi selecionada com a Bolsa Faperj de Estímulo à Pesquisa e à Criação Artística, pela Bolsa Funarte de Formação Artística e pela Residência Artsônica, do Oi Futuro. No total, serão contemplados quatro rios: Araguaia, Xingu, São Francisco e Rio Doce.

Ficha Técnica

Idealização e concepção: Gabriela Carneiro da Cunha
Direção: Gabriela Carneiro da Cunha e Rio Xingu
Diretor assistente: João Marcelo Iglesias
Assistente de direção: Clara Mor e Jimmy Wong
Orientação de direção: Cibele Forjaz
Orientação da pesquisa e interlocução artística: Dinah de Oliveira e Sonia Sobral
Texto originário: Eliane Brum
“Tramaturgia”: Raimunda Gomes da Silva, João Pereira da Silva, Povos indígenas Araweté e Juruna, Bel Juruna, Eliane Brum, Antonia Mello, Mc Rodrigo – Poeta Marginal, Mc Fernando, Thais Santi, Thais Mantovanelli, Marcelo Salazar e Lariza
Montagem de vídeo: João Marcelo Iglesias, Rafael Frazão e Gabriela Carneiro da Cunha
Montagem textual: Gabriela Carneiro da Cunha e João Marcelo Iglesias
Desenho sonoro: Felipe Storino e Bruno Carneiro
Figurino: Carla Ferraz
Iluminação: Cibele Forjaz
Concepção instalativa: Carla Ferraz e Gabriela Carneiro da Cunha
Realização instalativa: Carla Ferraz, Cabeção e Ciro Schou
Tecnologia/ Programação/ Automação: Bruno Carneiro e Computadores fazem arte.
Criação multimídia: Rafael Frazão e Bruno Carneiro
Trabalho corporal: Paulo Mantuano e Mafalda Pequenino
Imagens: Eryk Rocha, Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Clara Mor e Cibele Forjaz
Pesquisa: Gabriela Carneiro da Cunha, João Marcelo Iglesias, Cibele Forjaz, Clara Mor, Dinah de Oliveira, Eliane Brum, Sonia Sobral, Mafalda Pequenino e Eryk Rocha
Diretora de produção: Gabriela Gonçalves
Coprodução: Corpo Rastreado e MITsp – Mostra Internacional de Teatro de São Paulo
Realização: Corpo Rastreado e Aruac Filmes

As apresentações deste espetáculo na MITsp estão sendo viabilizadas pela Corpo Rastreado.
Críticas