V:U:L:V:A
DIREÇÃO: Mariana Senne
São Paulo/SP | 1h10min | Classificação indicativa: 18 anos
No linguajar popular, várias palavras são usadas como sinônimos para o órgão sexual feminino. Mas por que raramente empregamos a palavra “vulva”? Quando a nomeamos, sempre temos a impressão de que falamos algo indecente, algo que é definido pelo “não dizer”. Qual é o significado e a consequência dessa negação do biológico, do comum? Inspirado na história em quadrinhos A Origem do Mundo, da quadrinista sueca Liv Strömquist, e no livro Vulva – A Revelação do Sexo Invisível, de Mithu M. Sanyal, o espetáculo aborda o tabu em relação à genitália feminina, devolvendo o protagonismo das mulheres em relação ao próprio corpo e à sua sexualidade. A montagem explicita relações entre arte e conhecimento, a partir de uma entrevista-performance sobre a história do órgão sexual feminino, contada sob a perspectiva da anatomia clássica, mas com humor satírico, defendendo a necessidade de deter o desejo da sociedade de colonizar o corpo das mulheres.
A atriz e criadora Mariana Senne foi uma das fundadoras da Cia. São Jorge de Variedades, com a qual realizou diversos trabalhos entre 1999 e 2012, destacando-se Quem Não Sabe Mais Quem É, O Que É e Onde Está, Precisa se Mexer, vencedor do Prêmio Shell 2009 na Categoria Especial. Seu trabalho busca desenvolver novas formas de encenação, com interesse especial em temas feministas e assuntos relacionados às sequelas deixadas pelo colonialismo. A partir de setembro de 2019, iniciará o mestrado Das Theater, na Universidade das Artes de Amsterdã.
Concepção e direção: Mariana Senne
Dramaturgia: Katrin Heinau e Mariana Senne (a partir de textos de Liv Strömquist, Bini Adamczak e Silvia Federici)
Performance: Mariana Senne e Laura Salerno
Assistentes de direção: Isabel Soares e Lua Gabanini
Produção: Isabel Soares e Mariana Senne
Vídeo: Bruna Lessa e Laura Salerno
Som: Julia Teles e Laura Salerno
Espaço cênico: Renan Marcondes
Luz: Laura Salerno
Montagem de luz: Douglas Amorim
Projeto gráfico: Ieltxu Ortueta
Agradecimentos: Les Commediens Tropicales, FJ Cine, Alexandre Krug e Fernanda El