Jota Mombaça é uma artista e escritora indisciplinar cujo trabalho deriva de poesia, teoria crítica e performance. Sua prática está relacionada à crítica anticolonial e à desobediência de gênero. Através da performance, da ficção visionária e de estratégias situacionais de produção de conhecimento, pretende ensaiar o fim do mundo tal como o conhecemos e a figuração do que vem depois de desalojarmos o sujeito colonial-moderno de seu pódio. Já apresentou trabalhos em diversos contextos institucionais, como as bienais de São Paulo, Berlim e Sydney.

Nadia Beugré nasceu na Costa do Marfim e, em 1995, estreou como dançarina no Teatro Dante. Sua última criação antes de Profético (nós já nascemos), L’Homme Rare, uma apresentação com um quinteto masculino, estreou em 2020. Há uma década, as peças da artista traçam um percurso singular em torno das margens, da exclusão, do que é anormal; viajam por meio de identidades em mudança. Em 2020, com Virginie Dupray, fundou a companhia de dança Libr’Arts, uma plataforma de produção e formação.

Maria Lucas é uma artista e pesquisadora da cena, natural do Rio de Janeiro. Doutoranda em arte pela UERJ, como pesquisadora integra o grupo MOTIM (Mito, Rito e Cartografias Feministas nas Artes) e  realizou residência no MAM-Rio, culminando em um dos capítulos do livro Esses Seres Vivemos. Autora dos livros Esse Sangue Não é de Menstruação, mas de Transfobia e Mais uma Casa de Bonecas, ambos integrantes da Trilogia D`Ela e publicados pela Editora Urutau no Brasil, na Galícia e em Portugal. É ganhadora do prêmio de textos ensaísticos do Instituto Moreira Salles.