Ministério da Cultura, Redecard, Sabesp e Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo apresentam

Mostra Internacional de Teatro de São Paulo

1º a 10 de
março
de 2024

PERROS – Diálogos Caninos

ARTISTAS: Monina Bonelli, Celso Curi e Renata Melo

120 min | Classificação indicativa livre

PERROS – Diálogos Caninos

5/3, terça, às 18h

6/3, quarta, às 18h

Parque Augusta

Na terça (5), a intervenção inicia às 18h, com um circuito de performances simultâneas e duração de 20 minutos cada, permitindo ao público a participação em todas as ações ou apenas nas que escolher. Na sequência, acontece a Parada Canina, com concentração e percurso ainda dentro do Parque Augusta. Os cachorros são bem-vindos a participar da ação junto aos seus tutores. O público pode participar de todas as ações ou apenas de uma delas.

Na quarta (6), a intervenção é realizada a partir das 18h no Parque Augusta, com o circuito de performances.

Sinopse

O cachorro sempre foi um coconstrutor da comunidade. Desde os primeiros tempos do homo sapiens, o “melhor amigo do homem” colabora com a sobrevivência mútua, proporcionando proteção e afetividade. O cachorro é um espelho da espécie. Ou apenas um reflexo de uma sociedade multiespécie. A relação entre humanos e cães no contexto urbano é investigada nesta obra criada pela argentina Monina Bonelli e os brasileiros Celso Curi e Renata Melo. Em sua estreia na MITsp, a intervenção propõe um diálogo entre arte e comunidade, construído junto a artistas, pensadores, vizinhos e cães de estimação. Tendo o Parque Augusta como ponto de encontro, tutores e seus cachorros são convidados a dialogar com o entorno e a se relacionar com os territórios de forma artística, descobrindo e celebrando a performance do cotidiano. 

Roteiro das atividades desenvolvidas a partir do processo criativo junto com a comunidade

AUDIOGUIAS

Com trajetos distintos no Parque Augusta e arredores, os audioguias nos transportam por quatro histórias diferentes, levando o público a mergulhar na riqueza de suas narrativas e significados.

  • Uma história de heróis

Ponto de encontro, às 18h, 18h15, 18h30, 18h45, 19h e 19h15 

Hiro chega a São Paulo com Débora e Ronny. Essa é sua quinta tentativa de ter uma família. Na semana seguinte, o Parque Augusta reabre. Desde então, os três trilham seus caminhos juntos e aprendem a estar uns com os outros, dialogando e se transformando. 

Texto: Debora Lazari e Ronny Wong

Narração: Suia Legaspe

  • E tudo, por causa dos cães

Ponto de encontro, às 18h, 18h15, 18h30, 18h45, 19h e 19h15

Sergio Carrera é ator e vizinho do Parque Augusta, sendo uma das pessoas que lutou para que o local se transformasse em um espaço para todos. Ele conhece os frequentadores do parque e os moradores de rua. Conhece todo mundo, por causa dos seus cães. E a todos, pelo nome dos seus cães. 

Texto e narração: Sergio Carrera

  • Dor do cão

Ponto de encontro, às 18h, 18h30 e 19h

Para tentar curar a dor de cotovelo após ser abandonado pela namorada, Jorge segue a dica da terapeuta: “faz uma lista das dez coisas que mais te incomodavam nela e se concentra nisso”. Jorge, que jamais gostou de bichos de estimação, se dá conta de que a relação maternal, apaixonada e babona que a ex tinha com Cyber, seu husky siberiano, o tiravam do sério.

Texto: Antonio Prata e Carol Tilkian

Narração: Rodolpho Correa

  • O Espírito do Amor Verdadeiro

Ponto de encontro, às 18h, 18h30 e 19h

Quando um cachorro te segue é porque ele escolheu você. E mesmo que a princípio você resista, não há escolha a não ser ficar juntos. Para se cuidar, se amar, ser família. E, só depois, compreender que coisas ele veio te contar, e qual dessas coisas você pode aprender. 

Texto e narração: Ivam Cabral

 


 

ESPAÇO DO IMAGINÁRIO

Experiência imersiva de leitura, um diálogo canino através da palavra escrita, ilustração e som.

Redário, às 18h, 18h30 e 19h

Deitado na rede, olhando para cima, como um cachorro.

Deitado na rede, como um humano, lendo.

Entre vozes caninas e humanas.

Entre cartas de vizinhos e seus cachorros.

Entre poemas, ilustrações e filosofia.

Sobre tudo o que nos diferencia,

sobre tudo o que nos une

 


 

CANSEI DE SER HUMANO

Instalação sensorial, um diálogo canino através da experiência visual.

Cachorródromo, das 18h às 19h30

Uns dizem que eles veem em azul e vermelho,

outros afirmam que eles veem em verde e azul

ou ainda que seria apenas em cinza.

O que eles não veem, eles farejam.

Esse é o mundo perto do chão,

um mundo que parece 3D

ao nível dos olhos caninos.

 


 

POLIS CANINI

Assembleia, um diálogo canino através da palavra falada e latida.

Araucária, das 18h às 19h30

Humanos e cachorros se reúnem em círculo para 

compartilharem experiências e provocações.

Cães e mística. Cães e adoção.

Cães e transgêneros. Cães e humanização.

Cães e linguagem, pandemia, eutanásia.

Cães e moradores de rua. Cães e família.

Cães e cidade. Polis canini.

 


 

ARTE CÃOCRETA

Performance de artes visuais, um diálogo canino através das artes visuais e da pintura.


Grama, das 18h às 19h30

Pessoas e cachorros, 

dois potes de tinta, uma folha,

um rolinho e um pincel.

Pronto!

Agora os cães podem pintar,

sentados, comendo um petisco

deitados, sem se sujarem.

Tutores e cachorros vão criar suas obras cãocretas.

Coordenação: Tania Alice e o seu cão Buda

 


 

PÉS E PATAS DANÇAM

Celebração, um diálogo canino através do corpo, do movimento e da música.

Arquibancada, das 19h30 às 20h

Ninguém sabe o que é uma dança com cães.

Como é criada, quais são as suas regras?

Talvez a emoção dos tutores

ou a integração entre cachorros

seja a condição a principal,

para estarmos juntos em movimento.

Andar, brincar, pular. Abraçar-nos.

Dançar entre espécies.

 


 

PARADA CANINA


Celebração
Arquibancada, após a ação Pés e patas dançam, na terça (5)

A caminhada canina é a celebração do encontro.
Os vira-latas ou SRD, os de raça definida, os perdidos e os encontrados.

Uma celebração do orgulho canino.

Histórico

A argentina Monina Bonelli é artista e curadora de artes cênicas. Formada em atuação e dramaturgia, já recebeu bolsas e distinções, incluindo o prêmio Trinidad Guevara de melhor produção para o Teatro Bombón e melhor atriz coadjuvante por Siglo de Oro Trans. Desde 2001, desenvolve-se como artista e curadora de espaços e festivais, com especialização em inovação de formatos de criação e exposição, e em arte e trabalho comunitário. Foi assessora de artes cênicas da Bienal de Arte Jovem de Buenos Aires e diretora artística do Centro Cultural 25 de Maio, em Buenos Aires. Criou, com Cristian Scotton e Sol Salinas, o festival de peças curtas site specific Teatro Bombón, onde Bonelli desenvolve projetos como artista e curadora.

Celso Curi é produtor, gestor cultural, tradutor e jornalista. É diretor da OFF Produções Culturais, fundador e editor do OFF Guia de Teatro SP e RJ. Dirigiu a Oficina Cultural Oswald de Andrade (2013-2015), foi presidente da Rede de Promotores Culturais da América Latina e Caribe (2011-2013), curador do Festival de Teatro de Curitiba (2008-2015), do Festival Cena Brasil Internacional RJ/SP (2012-2014) e do Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto (FIT, 2015-2016). Desde 2018, atua como presidente da Associação Paulista de Críticos de Artes (APCA) e como curador do Reside FIT-PE.

Bailarina, coreógrafa, atriz e diretora, Renata Melo desenvolve suas atividades em São Paulo. Na década de 1980, criou o grupo de dança Marzipan, para o qual dançou e coreografou peças que integraram o repertório de dez espetáculos. Foi bolsista da Rockefeller Foundation, no American Dance Festival. Criou espetáculos como Slices of Life, Receba as Flores, Bonita Lampião, Doméstica e Passatempo, nos quais também atuou. Pela sua obra recebeu os prêmios APCA, Mambembe, Shell e Molière.

Ficha Técnica

Idealização e criação: Monina Bonelli

Cocriador: Celso Curi

Artista convidada: Renata Melo

Artista mediador com a comunidade: Sérgio Carrera

Artista-pesquisadora colaboradora: Tania Alice

Grupo de pesquisa: Dr. Horacio Banega, Dra Roxana Ybañes e Dra. Malala González

Inspiração canina: Buda, Chico, Hiro, Paninho, Perri, Pina, Juca e Xingu

Textos dos audioguias: Antonio Prata e Carol Tilkian, Ivam Cabral, Sergio Carrera, Debora Lazari e Ronny Wong

Narração audioguias: Ivam Cabral, Rodolpho Correa, Sergio Carrera e Suia Legaspe 

Artistas residentes: Anderson Soares Bernardes, Andrea Tedesco, Eduardo Görck, Éric Silva, Hadassah Wengler, Isadora Rodrigues, Karina Scariott, Laís Efstathiadis, Lena Giuliano, Livia Carvalheiro, Lucas Donnangelo, Luiz Fábio Torres, Michel Nader, Natallia Mazarim e Samuel Paixão

Participação: comunidade do entorno do Parque Augusta e Praça Roosevelt 

Diretor técnico: Jimmy Wong

Técnico: Hamilton Carlos Coelho

Fotos estúdio: Rodrigo Chueri

Figurino foto: Marc Lab

Fotos Álbum Canino: Annelize Tozetto

Estagiária em artes gráficas do projeto: Milly.E

Design gráfico do programa: Emilio Rogê

Direção de produção: Heloisa Andersen

Produção executiva: Wesley Kawaai

Realização: Teatro Bombón (AR), OFF Produções Culturais (BR) e MITsp

Apoio Institucional: Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente, Secretaria Municipal de Turismo e Parque Augusta.

Apoio: Cobogó, Corpo Rastreado, IBT – Instituto Brasileiro de Teatro, Proteatro (AR) e SP Escola de Teatro

Agradecimentos: Adriane Bertini, Allan Salles, Alma Holgado, Anderson Martins, Ariel Perez de María, Artur Bertini Malavolta, Associação Paulista dos Amigos da Arte, Casa Abe, Clara de Cápua, Dyra Oliveira, Equipe do Parque Augusta, Gilles Eduar, Glaucio Lima Franca, Guido Correa, Heraldo Guiaro, Luanna Jimenes, Marcio Gallacci, Maria del Carmen Moyano, Marina Pampin, Mónica Holgado, Pamela López Rodriguez, Paola Traczuk, Patricia Gasppar, Petz unidade rua Augusta, Plinio Soares, Roberto Alencar,  Teatro Sérgio Cardoso, Vicenta Varela e Zoilo Garcés

Especialmente ao cachorro Hipólito (2008-2024)