Meu Corpo Está Aqui
Fábrica de Eventos
Rio de Janeiro/RJ, 2023 | 60min | Classificação indicativa 16 anos
A sessão de quinta (7) conta com interpretação em Libras e a sessão de sexta (8) conta com interpretação em Libras e audiodescrição.
Sinopse
Partindo das experiências pessoais de atrizes e atores PCDs (pessoas com deficiência), a peça traz um jogo entre as pulsões e os obstáculos encontrados por eles em suas descobertas afetivas e sexuais. Em cena, o elenco fala abertamente sobre relacionamentos, corpos e desejos por meio de depoimentos ficcionalizados pelas artistas cariocas Julia Spadaccini, idealizadora do projeto e também pessoa com deficiência, e Clara Kutner. Questionando com ironia e lirismo concepções culturais e históricas a respeito do que é considerado “normal”, o espetáculo celebra estes corpos invisibilizados socialmente e aprofunda as reflexões sobre suas subjetividades.
Alerta de gatilho: contém nudez parcial.
Histórico
Criada pela diretora de produção Cláudia Marques, a Fábrica de Eventos é uma produtora que aposta na expansão e na difusão da cultura carioca. Foi responsável pela produção de espetáculos de diretores como Mauro Rasi, Aderbal Freire Filho e Christiane Jatahy e de grupos como a Cia. dos Atores. A peça Meu Corpo Está Aqui está entre suas realizações mais recentes e traz texto e direção de Julia Spadaccini e Clara Kutner. Formada em artes cênicas e psicologia, Julia é roteirista e autora de mais de 20 peças, como A Porta da Frente, vencedora dos prêmios Fita e Shell, ambos em 2013. Já Clara é formada em cinema e trabalha tanto nas artes da cena quanto no audiovisual, tendo dirigido novelas da Globo, caso de Um Lugar ao Sol; séries como Pedaço de Mim, com estreia prevista para 2024 na Netflix; e espetáculos como Alcubierre, com texto e interpretação de Alex Cassal.
FORTUNA CRÍTICA
A ruptura sensualizada do corpo físico sujeito a anomalias é o que esta peça ‘Meu Corpo Está Aqui’ sugestiona e assume, com rara bravura, numa abordagem diferencial em tônus hiper-realista que poderia escapar às representações cotidianas da linguagem cênica. […] Na dolorida confessionalidade de narrativas personalistas, em parte marcadas por melancólica dramaticidade, mas sempre buscando uma afirmativa superação que fique longe da autopiedade.
Wagner Corrêa de Araújo, Escrituras Cênicas
Ao falar abertamente sobre relacionamentos, corpos e desejos, os atores PCDs (pessoas com deficiência) também buscam mostrar sua humanidade plena e sua capacidade de amar, desejar e se relacionar. Desse modo, o espetáculo desafia as ideias limitantes que muitas vezes são associadas às pessoas com deficiência, colocando em evidência a sua individualidade e singularidade.
Ficha Técnica
Texto e direção: Julia Spadaccini e Clara Kutner
Elenco: Bruno Ramos, Haonê Thinar, Juliana Caldas e Pedro Fernandes
Ator-intérprete de libras: Jadson Abraão
Direção de produção e coordenação-geral do projeto: Cláudia Marques
Diretor-assistente: Michel Blois
Produção: Fabricio Polido
Pesquisa de dramaturgia: Marcia Brasil
Colaboração de texto: Bruno Ramos, Haonê Thinar, Juliana Caldas e Pedro Fernandes
Figurino e ambientação cênica: Beli Araujo
Iluminação: Paulo Cesar Medeiros
Direção de movimento: Laura Samy
Música: Luciano Camara
Visagismo: Cora Marinho
Assessoria de imprensa: Ney Motta
Programação visual: Felipe Braga
Fotografia: Renato Mangolin
Redes sociais: Rafael Teixeira
Realização: Fábrica de Eventos