Broken Chord [Acorde Rompido]
TÍTULO ORIGINAL: Broken Chord
ARTISTAS: Gregory Maqoma e Thuthuka Sibisi
60 min | Classificação indicativa 12 anos
29/2, quinta, às 20h*
1/3, sexta, às 21h
2/3, sábado, às 21h
Sesc Pinheiros | Teatro Paulo Autran
Rua Paes Leme, 195, Pinheiros
*sessão de abertura somente para convidados.
A sessão da sexta (1) conta com audiodescrição.
Sinopse
Entre 1891 e 1893, um grupo de jovens cantores africanos chamado de The African (Native) Choir viajou de barco rumo à Grã-Bretanha, ao Canadá e aos Estados Unidos. Formado pela elite negra educada por missionários, ele tinha o objetivo de arrecadar fundos para uma escola técnica em Kimberley, na África do Sul. O espetáculo de Gregory Maqoma e Thuthuka Sibisi parte de gravações do coro, revelando um drama de dimensão global e analisando o corpo negro como um local político. Utilizando elementos da dança tradicional Xhosa [grupo étnico sul-africano] e da dança contemporânea entrelaçados a paisagens sonoras, a obra não apenas reflete sobre este material histórico, mas aborda questões urgentes sobre migração, desapropriação e fronteiras, questionando a relação entre o colonizado e o colonizador – e a cumplicidade de ambos em moldar e mudar a narrativa sul-africana, no passado e no presente.
Histórico
Gregory Maqoma é dançarino, coreógrafo, professor, diretor e roteirista de renome internacional. Nascido em Soweto, na África do Sul, iniciou seu treinamento formal em dança em 1990 na Moving into Dance, onde, em 2002, tornou-se diretor artístico associado. Fundou o Vuyani Dance Theatre (VDT), em 1999, enquanto recebia uma bolsa de estudos da Performing Arts Research and Training School (PARTS), na Bélgica, sob a direção de Anne Teresa De Keersmaeker. Maqoma é respeitado por suas colaborações com artistas de sua geração, tendo trabalhado com coreógrafos como Akram Khan, Vincent Mantsoe, Faustin Linyekula, Dada Masilo, Shanell Winlock e Sidi Larbi Cherkaoui. Recebeu premiações como o FNB Vita Choreographer of the Year (1999, 2001 e 2002), o Standard Bank Young Artist Award for Dance (2002) e o Tunkie Award for Leadership in Dance (2012).
Thuthuka Sibisi é compositor, músico e diretor musical. Iniciou seus estudos em música na Drakensberg Boys Choir School, na África do Sul, onde nasceu sua paixão pela performance. É bacharel em música pela Universidade de Stellenbosch, também na África do Sul, e formado pelo programa de mestrado MA (performance making), da Goldsmiths, University of London, no Reino Unido. Juntamente com seus estudos em música, concluiu sua formação em teatro físico e movimento com Sam Prigge e Estelle Olivier. Já circulou com seu trabalho pela África do Sul, Ásia, América do Sul e Europa, além de ter recebido prêmios como o Mail & Guardian 200 Young South Africans (2017) e o Ampersand Foundation Fellow (2018).
FORTUNA CRÍTICA
Os quatro solistas não são apenas cantores excelentes, com resistência, mas também são carismáticos, apoiando Maqoma, que, aos 49 anos, disse que esse espetáculo será seu último como bailarino. Ainda assim, ele se movimenta com facilidade e magnetismo: pés pulando, tronco tremendo, ombros e quadris balançando em suas órbitas, inspirando-se na Xhosa e na dança contemporânea. Ele parece incorporar várias facetas da jornada: é inquieto, tem saudades de casa, é resoluto, é brincalhão, é poderoso.
Maqoma age o tempo todo como uma antena humana, recebendo vibrações e traduzindo-as em movimentos que remetem à serpentes ou aves, giros, pisadas rítmicas, poses de Michael Jackson e, no clímax, um tremor febril. Muitas vezes, suas respostas de aparência improvisada funcionam contra ou em cima de uma base musical fornecida por todos os outros. O espetáculo é impressionista e extraordinário.
Ficha Técnica
Concepção: Gregory Maqoma e Thuthuka Sibisi
Coreografia: Gregory Maqoma
Composição e direção musical: Thuthuka Sibisi
Dramaturgia: Shanell Winlock
Elenco: Gregory Maqoma, Luvo Rasemeni, Tshegofatso Khunwane, Xolisile Bongwana e Nokuthula Magubane
Coro de artistas locais: Andrea Nagamine, Ariel Bernardi, Daniel Umbelino, Fernanda Pimenta, Giu de Castro, Guilherme Aquino, Helena Toro, Isabelle Dumalakas, Jessé Vieira, Julián Lisnichuk, Nathália Serrano, Rodrigo Morales, Simone Luiz, Ulisses Montoni, Wilian Manoel e Zi Vasconcellos
Design técnico: Oliver Hauser
Diretor técnico: Ralf Nonn
Design de som: Nthuthuko Mbuyazi
Figurino: Maxhosa por Laduma Ngxokolo
Produção executiva: Gregory Maqoma Industries
Coprodução: Festival Grec (Barcelona), Manchester International Festival, Théâtre de la Ville (Paris), Weimar Arts Festival (National Theater), Festpielhaus St Pölten, Torinodanza Festival/Teatro Stabile di Torino (Teatro Nazionale), Festival Aperto/Fondazione I Teatri – Reggio Emilia, Stanford Live at Stanford University e Sadler’s Wells London
Gerente de produção: Siyandiswa Dokoda
Assistente de composição: Mhlaba Buthelezi
Substituto de movimento: Katleho Lekhula
Assistente de guarda-roupa: Nathi Mnisi
Agradecimentos especiais para Market Theatre Foundation, Tshwane University of Technology Performing Arts (Vocal Arts) e Carlos Cansino Pérez