Ministério da Cultura, Redecard, Sabesp e Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo apresentam

Mostra Internacional de Teatro de São Paulo

1º a 10 de
março
de 2024

Ané das Pedras

Coletiva Flecha Lançada Arte

Crato/CE e aldeia Kariri-Xocó/AL | 55 min | Classificação indicativa 16 anos

MITBR_ANÉ DAS PEDRAS_Foto de Marília Camelo Sá
@Marília Camelo Sá

5/3, terça, às 16h

6/3, quarta, às 16h


Biblioteca Mário de Andrade | Castanheira

Rua da Consolação, 94, República

Reserva on-line, de até 2 ingressos por pessoa, pelo site da Sympla a partir do dia 26/2, segunda, às 12h.

Sinopse

Na língua do povo kariri, “ané” significa sonho vivo. Para eles, as pedras são seres vivos que sentem e falam: em tempos difíceis, vão até o terreiro, colhem uma pedra, conversam com ela e a devolvem à natureza. Esta obra é um ritual de plantação de pedra, como quem conta um sonho. A performance integra a trilogia da Coletiva Flecha Lançada Arte, que adentra à terra e dispara seu olhar indígena sobre ela. Entendendo a cena como uma roça, na qual as sementes são preservadas, a terra tratada e o plantio realizado coletivamente, a artista indígena Barbara Matias e a liderança espiritual Idiane Crudzá se reúnem com público em volta de uma fogueira. Ali, tal qual um oráculo indecifrável, convidam a um ato contracolonial, um momento de encontro e de cura.

Histórico

Idealizada por Barbara Matias em 2017, a Coletiva Flecha Lançada Arte cultiva a demarcação indígena no território das artes junto a nativos da aldeia Kariri-Xocó e seus aliados. Suas criações transitam de forma não linear por diferentes linguagens, como teatro, performance, poesia, artesanato e audiovisual. A maioria das produções foi desenvolvida na comunidade do Marreco (aldeia Marrecas), no Ceará, onde Barbara nasceu e se criou. Em sua prática, a artista e doutoranda em artes da cena pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) usa o corpo como suporte para denunciar o memoricídio e o etnocídio da nação kariri.

FORTUNA CRÍTICA

A arte indígena contemporânea é nosso grito contra os projetos de ecocídio no Antropoceno, é nosso manifesto ao mundo, é sobretudo a demarcação do território físico que habitamos e onde também habitam as nossas mentes. Estamos, e não é de agora, manifestando nossa memória e cultura em diversas linguagens artísticas.

Ao pensar o corpo como território, nós, indígenas artistas, fazemos um convite à reflexão sobre a extensão de violência por meio da arte. A memória é nossa herança de luta, reivindicação e continuidade.

Barbara Matias, revista Subtexto

Ficha Técnica

Direção: Barbara Matias

Atuação: Barbara Matias e Idiane Crudzá

Produção: Joedson Kariri

Figurino: Artesanato das Mamas Kariri

Realização: Coletiva Flecha Lançada Arte

SITE E REDES SOCIAIS