A História do Teatro Ocidental Coreano
TÍTULO ORIGINAL: The History of Korean Western Theatre
ARTISTA: Jaha Koo / CAMPO
60 min | Classificação indicativa 12 anos
Sinopse
Investigando de forma crítica a influência do cânone ocidental na história do teatro coreano, Jaha Koo aponta para o futuro de novas gerações. O solo costura fatos históricos a relatos pessoais do artista sul-coreano para levantar questões sobre tradição e autenticidade, expondo de forma meticulosa o trágico impacto do passado na contemporaneidade. Ao questionar o real espaço da tradição teatral coreana, o espetáculo busca romper com uma lógica repleta de autocensura e de manutenção das aparências.
A Trilogia Hamartia
A História do Teatro Ocidental Coreano é a última parte da Trilogia Hamartia de Jaha Koo, também composta pelos espetáculos Cuckoo e Lolling and Rolling. O imperialismo do passado e do presente e seu impacto pessoal, às vezes inesperado, são os fios condutores dessas três obras de teatro documental apresentadas na MITsp. Em grego, hamartia significa “falha ou defeito trágico”, conceito que costura de forma distinta cada um dos trabalhos, cujos temas envolvem o choque entre as culturas oriental e a ocidental.
Histórico
Jaha Koo é um criador de teatro e compositor sul-coreano. Seu trabalho, intimamente ligado à política, à história e às suas próprias questões pessoais, transita entre as multimídias e a performance, trazendo músicas, vídeos, textos e instalações autorais. Atualmente, apresenta seus espetáculos pelo mundo, além de trabalhar em uma nova obra, Haribo Kimchi, com estreia prevista para 2024, e em seu projeto musical, GuJAHA. O artista deu seus primeiros passos no Brussels Arts Workshop Pianofabriek e no Bâtard Festival. Desde 2017, cria seu trabalho sob as asas da CAMPO, plataforma de pesquisa, desenvolvimento e produção artística com sede na Bélgica.
FORTUNA CRÍTICA
O sucesso do espetáculo está na estética e na sensibilidade de Jaha Koo. Ele consegue entrelaçar sua busca íntima e pessoal a de sua nação. […] Com um talento incrível para reinventar os formatos ao longo da apresentação, Jaha Koo constrói uma ponte entre a riqueza das tradições culturais orientais e o uso da tecnologia e da arte contemporânea para nos ancorar no presente. Tudo isso para nos fazer pensar em um futuro coletivo.
O espetáculo nos confronta com a nossa própria falta de compreensão da cultura coreana tradicional e de sua história, mas também com os perigos da ocidentalização feroz e em larga escala. A peça nos leva a perguntar quais partes de nossa própria herança cultural permitimos que desaparecessem coletivamente, por vergonha ou desejo de conformidade, sob o rolo compressor da globalização.
Daphné Bathalon, theatre.quebec
Em apenas uma hora, o solo consegue desafiar o tempo e destacar uma dualidade que transcende a realidade teatral: aquela que coloca o profano contra o sagrado. Em um canto do mundo preso entre o totalitarismo assustador e o capitalismo selvagem, as reflexões de Jaha Koo são extremamente relevantes.
Ficha Técnica
Conceito, texto, direção, música e vídeo: Jaha Koo
Performance: Jaha Koo, Seri e Toad
Dramaturgia: Dries Douibi
Cenografia e desenho: Eunkyung Jeong
Orientação artística: Pol Heyvaert
Técnica: Korneel Coessens, Jan Berckmans, Bart Huybrechts, Koen Goossens (e Jonas Castelijns)
Hackeamento de hardware: Idella Craddock
Pesquisa: Eunkyung Jeong e Jaha Koo
Assistência de pesquisa: Sang Ok Kim
Entrevista: Jooyoung Koh, Kiran Kim e Kyungmi Lee
Produção: CAMPO
Coprodução: Kunstenfestivaldesarts (Brussels), Münchner Kammerspiele, Frascati Producties (Amsterdam), Veem House for Performance (Amsterdam), SPRING performing arts festival (Utrecht), Zürcher Theaterspektakel, Black Box teater (Oslo), International Summer Festival Kampnagel (Hamburg), Tanzquartier Wien, wpZimmer (Antwerp), Théâtre de la Bastille (Paris) e Festival d’Automne à Paris
Residências: Kunstencentrum BUDA (Kortrijk), wpZimmer (Antwerp), Decoratelier Jozef Wouters (Brussels) e Doosan Art Center (Seoul)
Apoio: Beursschouwburg, Vlaamse Gemeenschapscommissie e Amsterdams Fonds voor de Kunst
CAMPO é apoiado pela cidade de Ghent e pela Flemish Community [Comunidade Flamenga]
ESTE ESPETÁCULO É APOIADO PELO CENTRO CULTURAL COREANO NO BRASIL