7 Samurais
Laura Samy
Rio de Janeiro/RJ, 2022 | 70 min | Classificação indicativa Livre
Sinopse
O filme Os Sete Samurais, do diretor japonês Akira Kurosawa (1910-1998), foi tomado como inspiração para a criação do espetáculo. Por meio das linguagens da dança, do teatro e do cinema, quatro intérpretes traçam paralelos entre os guerreiros japoneses e os artistas de hoje, aproximando e investigando suas condições para a luta em tempos que parecem refutar suas existências. Em uma composição dramatúrgica repleta de imagens que remetem às batalhas, mas também a afetos e instintos diversos, emerge a dificuldade da sustentação dos corpos, simbolizando o processo lento e frágil da constituição de algo novo.
Alerta de gatilho: contém ruído alto.
Histórico
Laura Samy é dançarina e coreógrafa. Formada em teoria do teatro pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (Unirio), reside e atua no Rio de Janeiro como artista independente. Colabora continuamente com diversos artistas em projetos de dança, teatro e artes da cena em geral, como Thiago Granato, Renato Linhares, Alice Ripoll, Maria Alice Poppe, Marcela Levi e Miwa Yanagizawa. É idealizadora e produtora da Mostra Caixote, evento independente de dança produzido em parceria com a Escola de Cinema Darcy Ribeiro (2016 e 2019) que, em 2021, foi realizado no Museu de Arte Moderna (MAM/RJ) em formato de festival. Além do espetáculo 7 Samurais, entre as suas criações mais recentes estão as obras O Pássaro e a Enguia, Cravo, Enquanto Borbulha e Identidade.
FORTUNA CRÍTICA
A delicadeza surge, em diferentes momentos, em contraposição a movimentações mais bruscas, ou ritmadas, como a da própria dança de rua. Essa dialética de estilos e forças estabelece-se também no contracenar dos atores-bailarinos – a proximidade dos corpos fica no limiar entre a tensão e a serenidade, atração e a repulsa, Eros e Thánatos.
Christovam de Chevalier, site New Mag
Com seriedade, delicadeza, precisão e violência, 7 Samurais vem demonstrar que a dança é, a cada vez e em sua incompletude, arte de demarcação dos campos, de incorporação do que aí está, de enquadramento do que fica de fora, de decomposição dos corpos vivos, de desnaturação do que parece natural, de ocupação do espaço político; é a arte que medeia a extinção e é, em suma, o modo (artístico) de produção de uma falta, que (se) move.
Sergio Lage, em portfólio do espetáculo
Ficha Técnica
Direção: Laura Samy
Dramaturgia: Laura Samy e Renato Linhares
Intérpretes: Eduardo Hermanson, Laura Samy, Raphael Duarte (RPop) e Renann Fontoura
Elenco no processo de criação: Renato Linhares e Werik de Souza (Kikinho)
Iluminação e operação de luz: Tainã Miranda
Operação de Som: Pedro Canales
Trilha sonora original: Sacha Amback
Figurino e adereço: Ticiana Passos e Laura Samy
Efeitos especiais: Eduardo Kurt
Assessoria de imprensa: Christovam de Chevalier
Mídias sociais: Ana Righi
Programação visual: Christian Proença
Fotografia: João Penoni
Produção: Corpo Rastreado