Project Description

Matando o Tempo

direção e autoria

Jorge Hugo Marín

companhia

Fundación La Maldita Vanidad Teatro

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ficha técnica

Texto e direção: Jorge Hugo Marín
Produtor Executivo: Wilson L. García D
Atuações: Carmenza Cossio (Matilde), Ella Margarita Becerra (Isabel), Fernando Arroyave de la Pava (Rafael), María Luna Baxter (Esther), Juan Manuel Lenis (Miguel), María Adelaida Palacio (Luna), Adriana Angélica Prieto (Margarita), Santiago Reyes (Gabriel), Daniel Camilo Díaz (Felipe), Miguel González (Manuel)

sinopse

A obra acontece em meio a um tradicional almoço familiar de domingo, no qual onze personagens revelam a cobiça e o abuso do poder herdado. Tradicionalmente nas mãos de umas poucas famílias, o poder converte-as em donas do país. É hora de celebrar, de matar o tempo enquanto chega um novo plano. A árvore genealógica comprova: o filho que nasce deve continuar a tradição do avô, mas deve ser mais astuto, pois a vigilância se intensifica, e deve ser melhor educado para saber controlar um povo enfurecido. O espetáculo é fruto de uma bolsa de criação para diretores com trajetória IDARTES 2013 e uma coprodução com o XIV Festival Iberoamericano de Teatro de Bogotá 2014.

histórico

La Maldita Vanidad é um laboratório de artistas do ofício teatral, que se apropria das histórias cotidianas e encaixa-as em espaços não convencionais para expressar-se por meio de outras linguagens cênicas. Em sua primeira etapa criativa, Sobre Algunos Asuntos de Familia, o grupo questiona diferentes problemas do núcleo familiar, obtendo conteúdo suficiente para criar uma trilogia apresentada em espaços reais: uma sala, uma cozinha e um salão de festa. O primeiro espetáculo, El Autor Intelectual, confronta três irmãos que não sabem como assumir o envelhecimento da mãe; o espectador vê a obra na sala de uma casa através das janelas. O segundo, Los Autores Materiales, é uma obra de suspense que se desenrola na cozinha do apartamento de jovens estudantes. O ciclo completa-se com Cómo Quieres Que Te Quiera, que se passa em um salão de festas durante a preparação de uma celebração de quinze anos. A obra mostra o impacto do fenômeno do narcotráfico dentro da sociedade. A estas, seguiram-se Matando el Tiempo, Morir de Amor e Paisaje Fracturado. Fundado em 2009, o grupo veio ao Brasil a primeira vez em 2012, quando participou do Festival de Teatro Palco & Rua de Belo Horizonte – FIT-BH, e retornou no mesmo ano para o Mirada – Festival Ibero Americano de Artes Cênicas de Santos e para o Zona de Transição, em Fortaleza. Também participou de festivais na Argentina, Espanha, Grécia, Áustria e Alemanha.
http://www.lamalditavanidadteatro.com

fortuna crítica

“De realismo levado aos limites da concretude cênica (cenário detalhado, alimentos preparados no palco, interpretação que persegue o naturalismo), os colombianos expõem fraturas sociais com meios próprios da fotografia narrativa.” Macksen Luiz, 2012
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“La Maldita Vanidad prossegue em sua linha de teatro hiper-realista e, como se de um filme com um único plano se tratasse, apresenta aos espectadores, sentados em U em torno do palco, a depravação de seres carregados de preconceitos e ambições. (…) Parte de Ricardo III, de William Shakespeare, para atacar com libérrima escrita a corrupção em nossos dias”. Carlos Be, 2013
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“Este jogo de insinuações, de palavras e silêncios que se dão mediante a ironia que evoca o que os diálogos em princípio calam, retrata à perfeição a hipocrisia e a falsidade das classes mais altas: sorrisos fingidos, excesso de elogios tolos, mensagens ocultas e ostentação. Marín parece ter pegado emprestado a sutileza com que Marcel Proust (…) retratou as dinâmicas das classes sociais parisienses da época, compartilha o ponto a partir do qual o narrador mordaz e crítico de Pelo Caminho de Swann apresenta os personagens e parece levar ao teatro o ridículo da família Verdurin, inscrita agora no contexto de Bogotá”. Sara Llano, “El Espectador”, 2013