Project Description

direção

Yuri Butusov

companhia

Teatro “Satiricon” denominado A. Raykin

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ficha técnica

Design: Alexander Shishkin
Compositor: Faustas Latenas
Luz: Anatoly Kuznetsov
Som: Ekaterina Pavlova e Daria Posevina
Assistente de direção: Elena Persiyantseva

sinopse

A Gaivota, de Tchekhov, mostra os conflitos de um grupo numa propriedade rural da Rússia no fim do século XIX. Numa tarde de verão, o jovem artista Treplev apresenta uma peça protagonizada por Nina, atriz por quem está apaixonado. As opiniões dos convidados sobre a obra divergem e a mãe de Treplev, atriz renomada, desencoraja-o a criar novas formas artísticas. Logo, Nina decide ir a Moscou atrás de fama e de um célebre romancista, Trigorin.

histórico

Yuri Butusov nasceu na cidade de Gatchina, na Rússia, em 1961, e formou-se no departamento de Direção da Saint Petersburg State Theatre Arts Academy. Em 2011, assumiu o Lensovet Academic Theatre, em São Petersburgo. Ganhou notoriedade por seus primeiros trabalhos, como Casamento (1995), de Gogol; Paradoxographer (1996), inspirado em Notas do Subterrâneo, de Dostoievski; e Esperando Godot (1996), de Beckett. É professor na universidade onde se graduou e na Russian University of Theatre Arts.
Com o sucesso da montagem de Makbett, de Ionesco, Butusov chamou a atenção de produtores moscovitas, abrindo as portas para encenar Ricardo III (2004) e Rei Lear (2006) no Tchekhov Moscow Art Theatre, em colaboração com o cenógrafo Aleksander Shishkin. Juntos, eles valorizaram os elementos primordiais do teatro no palco quase vazio, sem definições de tempo ou espaço, e deixando correr fluxos de imagens metafóricas que evocam uma dimensão mitológia.
Ainda em Moscou, Butusov conquistou o prêmio Máscara de Ouro por A Gaivota, em 2011, no Teatro Satiricon, espaço sob a direção de Konstantin Raykin. Fora da Rússia, Butusov criou espetáculos na Noruega e na Coreia do Sul – onde encenou outra versão de A Gaivota.

fortuna crítica

“A nova produção de A Gaivota, de Anton Tchekhov, feita por Yuri Butusov é a mais vultuosa que já vi dessa peça. Não por causa de a apresentação ter quase cinco horas, mas porque nas mãos desse diretor o texto se expande a proporções que nunca imaginei. Butusov faz parecer que a peça realmente ganha forma diante dos nossos olhos no palco do Teatro Satiricon. Como se as palavras de Tchekhov estivessem sendo escritas, ou reescritas, bem ali à vista. Há numerosas razões para isso – Butusov embaralha as cenas; mistura os atores, permitindo, por exemplo, que cinco diferentes performers assumam o papel do jovem escritor frustrado Treplev no ato 4; reimagina inteiramente vários personagens (…). O próprio Butusov entra em cena diversas vezes para liderar danças, manipular adereços ou desencadear clamores apaixonados quando, por um momento, assume o papel de Treplev”. John Freedman, “The Moscow Times”, 2011
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“Peças dirigidas por Yuri Butusov são um notável exemplo de teatro de autorreflexão. Em A Gaivota, a mais recente, isso atinge o ponto de ruptura. Textos de Tchekhov originalmente fornecem ocasiões para refletir sobre a essência da criação, mas a encenação de Butusov o transforma em um brado, em uma desesperada tentativa de capturar o corpo evasivo do teatro, destruí-lo e recriá-lo. (…). Podemos dizer que esta A Gaivota talvez seja ainda mais surpreendente por causa da autorreflexão do diretor. O fracasso da peça de Konstantin Treplev, aqui, é principalmente o fracasso do diretor em frente de seus próprios atores”. Alexandra Shestopalova e Alexandra Platushchikhina, da Russian University of Theatre Arts, 2011
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“Na produção, cinco atores e cinco atrizes encenam a peça de Tchekhov trocando repetidamente de papel, como se no decorrer dos ensaios o diretor estivesse experimentando vários tratamentos da peça e de seus personagens. Que tipo de Nina ou de Arkadina ele preferiu? Mais jovem ou velha? Treplev deveria ser animado ou ansioso? O texto da peça foi consideravelmente reduzido a cenas-chave ou proverbiais. Mas cada cena é feita duas, três, quatro vezes com diferentes atores em diferentes interpretações”. The Moscow News
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“Em A Gaivota, Butusov expressa sua opinião sobre tudo de uma vez: traição, imaginação (que é mais valorosa do que escravizante), medo da própria inaptidão. Não é apenas uma encenação sobre teatro – é também uma antologia do teatro. Teatro psicológico é seguido por expressionismo, do qual se ri, a paródia é seguida pela autoparódia (…) e vale a pena sofrer quase cinco horas na cadeira pelo bem da cena final: Butusov sempre guarda a cena principal para o fim”. Elena Kovalkaya, crítica russa.
http://www.satirikon.ru

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