Project Description

direção

Dmitry Krymov

companhia

Laboratório Dmitry Krymov do Teatro da Escola de Arte Dramática de Moscou

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ficha técnica

Concepção, composição e direção: Dmitry Krymov
Produção: Teatro da Escola de Arte Dramática de Moscou, TERRITORIЯ Festival
Elenco: Anna Sinyakina, Maxim Maminov, Mikhail Umanets, Maria Gulik, Natalia Gorchakova, Vadim Dubrovin, Arkady Kirichenko, Sergey Melkonyan
Desenho de luz: Alexander Mihalevsky, Olga Ravvich, Igor Orlov
Som: Denis Gilev and Andrey Zachesov

“Genealogia”
Texto: Lev Rubinshtein
Compositor: Alexander Bakshi
Design de cenário: Vera Martynova
Performers: Anna Sinyakina, Maxim Maminov, Mikhail Umanets, Maria Gulik, Natalia Gorchakova, Arkady Kirichenko, Varvara Voetskova
Diretor de movimento: Andrey Shchukin
Diretor musical: Ludmila Bakshi
Filme: Alexander Shaposhnikov, Vyacheslav Zaitsev
Tecnologia: Sergey Chernyshov
Figurinos: Irina Bakulina, Svetlana Tantseva

“Shostakovich”
Música: Dmitry Shostakovich
Design de cenário: Maria Tregubova
Performers: Anna Sinyakina, Maxim Maminov, Mikhail Umanets, Sergey Melkonyan, Maria Gulik, Natalia Gorchakova, Varvara Voetskova
Bonecos: Viktor platonov
Diretor de movimento: Andrey Shchukin
Professor de voz: Armen Pogosyan
Efeitos especiais: V. Shishankov, E. Molchan, F. Piggot, V. Gjabarov

sinopse

Numa encenação de proporções operísticas, com bonecos imensos, pianos em duelo e rápidas transformações de cenário, mas usando materiais simples, o espetáculo revisita o legado de perseguição aos judeus soviéticos no século XX e a opressão sob o regime de Stálin. A primeira parte, Genealogia, traça um retrato do Holocausto; a segunda, Shostakovich, trata da censura sofrida pelo compositor Dmitry Shostakavich (1906-1975).

histórico

Dmitry Krymov é um encenador, cenógrafo, artista gráfico e pintor russo, nascido em 1954, em Moscou. Dirige um laboratório teatral vinculado à Escola de Arte Dramática de Moscou, em colaboração com estudantes de design oriundos da Academia Russa de Artes Teatrais (Rati-Gitis, da qual é atualmente professor no departamento de Direção Dramática. Juntos, ganharam diversos prêmios, entre eles o Quadrienal de Praga para cenografia mundial, conquistaram um público fiel e foram convidados para se apresentar em festivais russos e internacionais, incluindo Polônia, Grã-Bretanha, Finlândia, Hungria e Estônia. Krymov recebeu o Prêmio Stanislavski de “Inovação”.
Filho do diretor teatral Anatoly Efros (1925-1987) e da crítica, historiadora e teórica de teatro Natalya Krymova (1930-2003), e graduado pela Moscow Art Theatre Drama School, Krymov começou sua carreira em 1976 como cenógrafo, projetando mais de 90 espetáculos. Nos anos 1990, dedicou-se a pinturas neoimpressionistas e instalações imaginativas.
Em 2002, Krymov estreou como diretor com Hamlet, no Teatro Stanislavski, em Moscou, já transformado pelos anos de experiência como artista visual. No mesmo ano, começou a lecionar design de cenário no Gitis, fundado em 1878. Com os estudantes do segundo ano, estreou Not a Fairy Tale (2003). Em 2005, Krymov fundou o laboratório com seus estudantes-artistas e recebeu apoio do diretor Anatoly Vasiliev‚ então à frente da Escola de Arte Dramática de Moscou. Seguiram-se espetáculos como Tree Sisters (versão de Rei Lear), de 2004; The Auction (2005), The Demon: The View from Above (2006), premiado com o Golden Mask Award, principal prêmio do teatro russo; Opus Nº 7 (2008); Death of Giraffe (2009); e Tararabumbiya (2010). Eles criaram um “teatro de pintores”, também conhecido como “design de ação”, no qual o design é tão importante quanto o trabalho dos atores e capaz de transformar-se no transcurso do espetáculo.
http://krymov.org

fortuna crítica

“O que distingue o trabalho de Krymov é que ele consegue misturar tantos elementos diversos em performances originais e surpreendentes. Ele cria um teatro de designer que postula o elemento – e o próprio ato – do design como equivalente à performance e à direção”. James M. Thomas, “Contemporary Theatre Review”, 2011
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“Os artistas, em busca do tempo perdido, veem-se confrontados com uma série hercúlea de obstáculos e quimeras. (…) ‘Genealogia’ arrepia com a sensação que às vezes experimentamos ao passar por caixas de recordações de uma família antiga, quando tentamos sentir o que as pessoas nas fotografias desbotadas sentiram quando as fotos foram tiradas. Se todos nós tivéssemos a iniciativa e a desenvoltura de Krymov e companhia, poderíamos chegar um pouco mais perto de alcançar essa comunhão (…) Ele nos lembra que, na tentativa de recapturar o passado, a empatia pode ser a ferramenta mais essencial de todas”. Bem Brantley, “The New York Times”, 2013
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“Como encenar uma catástrofe sem sentimentalismo ou ornamentos? O Laboratório de Dmitry Krymov, em Moscou, encontrou uma maneira. (…) Ele oferece uma sucessão, mais ou menos livre de palavras, de imagens terríveis, mas fascinantes. A perseguição soviética de judeus é evocada em uma sequência hipnotizante. Atores, espirrando tinta preta contra uma parede branca lisa, evocam imagens de homens com cachos e casacos longos. Figuras reais de carne e sangue cortam caminho através da parede. (…) Uma tempestade de neve, com flocos feitos de fragmentos de jornais russos, oblitera o palco e invade a plateia. Memórias crescem, desaparecem e mudam de forma”. Susannah Clapp, “The Guardian”, 2014
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“A parede em si, enquanto isso, executa várias funções – torna-se uma sala de espelhos, um coro grego e uma porta de entrada para o mundo perdido do povoado judaico. Isso é fundamental para o método de Krymov, chave de sua inovação teatral. O cenário não é mero pano de fundo, é um personagem em si mesmo. (…) Cada fragmento conta uma pequena parte da história de alguém – mas é impossível montar uma frase completa, e muito menos uma vida coerente. É difícil pensar em uma imagem mais adequada para o turbulento século XX russo”. Jonathan Bastable, “The Kompass”, 2014
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“Não é apenas o visual que cria a sensação surreal de que você caiu em uma realidade alternativa; o show soa como um sonho impressionante também. (…) A imobilidade e o silêncio são usados de forma brilhante, como se soubesse que é nas lacunas aparentes entre as palavras, a música e as ações dos artistas que os mortos sussurrando ainda podem ser ouvidos, se ouvirmos com empenho suficiente”. Lyn Gardner, “The Guardian”, 2014
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“Opus Nº 7 é uma obra obscura e perturbadora. É também impressionante em sua originalidade teatral, o frescor da apresentação e a precisão do desempenho. E sugere que, mesmo após uma perda, algo se preserva”. John Freedman, “The Moscow Times”, 2008

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