Encenação
Angélica Liddell
Companhia
Atra Bílis Teatro
Ficha Técnica
Direção e Atuação Angélica Liddell
Iluminação Carlos Marquerie
Técnico de Som Antonio Navarro
Técnico de Iluminação Octavio Gómez
Vídeo Vicente Rubio
Direção de Palco África Rodríguez
Direção Técnica Marc Bartoló
Assistente de Produção Mamen Adeva
Produção Executiva Gumersindo Puche
Sinopse
Criada a partir de uma experiência de abuso sexual sofrido por Angélica Liddell, a performance “Eu não sou bonita” apresenta uma crítica à sociedade patriarcal e ao papéis que ela impõe às mulheres desde o nascimento. Em diálogo com a estética gótica da encenação, que inclui um cavalo branco vivo em cena, a performer executa breves e intensos atos, através dos quais busca exorcizar a dor e elaborar de forma poética a violência social.
Histórico
Nos anos 80, Angélica Liddell, pseudônimo de Angélica González (Figueres, 1966), inicia sua trajetória artística como autora dramática. Depois de cursar estudos de Psicologia e Arte Dramática, forma, em 1993, a companhia Atra Bilis Teatro. Com ela, leva à cena seus próprios textos, iniciando-se, assim, na direção, cenografia e interpretação.
Ao mesmo tempo em que transita por outros gêneros literários, como a poesia, Liddell desliza para o mundo da performance e da instalação, dimensões com as quais sua obra teatral está estreitamente ligada. Tanto sua escritura dramática como sua poética cênica leva um selo peculiar, que as torna facilmente distinguíveis. Suas produções se caracterizam pela crítica social, por um expressionismo pungente, pela pureza e busca de significados através da dor e da subversão.
Com mais de 20 espetáculos na bagagem, Liddell já conquistou diversos prêmios, entre eles o Premio Nacional de Literatura Dramática, em 2012, pela obra “La casa de la fuerza”.
Fortuna Crítica
(…) “Eu não sou bonita” é o gesto heroico da performer, sua vingança contra os “filhos da puta” que podem ferir as mulheres. Angélica Liddell é uma artista conceitual. Suas obras teatrais, em 20 anos de carreira – como “Perro muerto en tintorería: los flertes” , “Mi relación con la comida” y “El año de Ricardo”, entre outras – estão mas próximas do ativismo, da performance, do que do teatro, assim como o “desfrutamos” com mais frequência. Ela está muito próxima de artistas míticas, como Ana Mendieta, Marina Abramovic ou Anne Sexton: mulheres que construíram suas obras a partir de seus corpos como matéria e documento. Em “Eu não sou bonita”, Liddell interpela o espectador com violência. Atuar tem sido sua maneira de sobreviver, porque na vida se confessa uma inútil (…). Nara Mansur. Clarín
“Eu não sou bonita” é uma crítica à sociedade patriarcal autocentrada e misógina, na qual todas as mulheres são classificadas como virgens, mães ou prostitutas. Angélica Liddell tempera essa afirmação com uma pitada de humor negro, mas sem deixar de fazer uma forte crítica ao machismo. maglionmagazine.com
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