Project Description

A CARGA

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Companhia

Studios Kabako

Direção

Faustin Linyekula

Entrada Franca
Ingressos retirados 1h antes do Espetáculo

Ficha Técnica

Coreografia e performance: Faustin Linyekula
Música: Flamme Kapaya e os percursionistas do Obilo
Produção: Studios Kabako/Virginie Dupray
Coprodução: Centre National de La Danse

Sinopse

Durante a última década, Faustin Linyekula tem contado histórias do Congo, de corpos e destinos violentados e abusados, irremediavelmente marcados pela grande História. Mas, como, por um momento, deixar de lado palavras para falar sobre a memória de um corpo? Como descobrir como era a dança um pouco antes, ou momentos após as palavras; um pouco antes ou depois do grito; um pouco antes ou depois da História? Nesse caminho, em busca de si próprio, Linyekula partiu em busca de movimentos que já não se dançam mais: danças proibidas pelo deus do milagre e do despertar espiritual.

Histórico

Faustin Linyekula é um bailarino e coreógrafo congolês dedicado à dança contemporânea e a tratar do legado de terror e pobreza deixado pelas guerras. Estudou literatura e teatro em Kisangani, no antigo Zaire, e, quando a universidade foi fechada, partiu para o Quênia, onde co fundou a primeira companhia de dança contemporânea daquele país, a Gàara, em 1997.

Na França, fez residências com as coreógrafas Régine Chopinot e Mathilde Monnier. Em 2001, optando pelo caminho de resistência em território africano, retornou ao Congo e criou os Studios Kabako, voltados a criações multidisciplinares. Em 2005, obteve carta branca do Centro Nacional da Dança francês para criar um festival, do qual participaram dez companhias africanas até então desconhecidas na Europa.

Desde 2006, os Studios Kabako estão sediados em Kisangani, onde se apresentam performances de dança, teatro, música e vídeo, ocupando diversas áreas da cidade, especialmente na periferia. A Carga, o seu primeiro solo, de 2011, circulou por cidades da Europa, África e América do Norte. E Drums and Digging, de 2013, estreou no Festival de Avignon.

Fortuna Crítica

“A sensação de perda era forte como as danças e as histórias repetidas simultaneamente, reunidas enquanto Linyekula deslocava-se para a gravação do que havia dito antes. Na escuridão, vinham estremecimentos de reconhecimento, momentos quando a dança parecia combinar com as histórias iluminando dois tipos de narrativas. Nesse ponto, Linyekula havia desligado as luzes, enquanto o laptop disparava imagens de sua viagem para casa, e a gravação reiterava o seu desejo de retornar a Obilo e dançar. Por meios simples, A Carga retrata tanto como ele não poderia voltar, quanto como ele poderia nos levar junto”.

Brian Seibert, The New York Times

“Enquanto a maioria dos espetáculos desse ano focou em extravagantes truques tecnológicos para fascinar suas plateias (a TV/tela do computador é tirana em atrair as atenções de todos), o coreógrafo congolês Faustin Linyekula nos lembra de que uma performance em movimento não precisa de pixels e transmissões ao vivo – ela pode existir somente com a força bruta do performer”.

Aaron Scott, Monthly Portland

“Faustin Linyekula tem uma profunda crença na arte como um meio de despertar, de criar um espaço de respiro, de cultivar a beleza onde ela é mais necessária. Seu trabalho mescla o pessimismo da inteligência e o otimismo do desejo: um casamento de corpo e espírito, em movimento inspirador e fascinante”.

Brisbane Festival

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