Project Description
direção e autoria
Emma Dante
companhia
Compagnia Sud Costa Occidentale
ficha técnica
Direção: Emma Dante
Elenco: Serena Barone, Elena Borgogni, Sandro Maria Campagna, Itália Carroccio, David Celona, Marcella Colaianni, Alessandra Fazzino, Daniela Macaluso, Leonarda Saffi, Stephanie Taillandier
Iluminação: Cristian Zucaro
Armaduras: Gaetano Lo Monaco Celano
Organização: Daniela Gusman
Coproduzido pelo Teatro Stabile de Nápoles, Théâtre National (Bruxelas) e Festival d’Avignon, Folkteatern (Gotemburgo), com o apoio do Programa Cultura da União Europeia em colaboração com Atto Unico/ Compagnia Sud Costa Occidentale, em parceria com Teatrul National Radu Stanca – Sibiu.
O espetáculo faz parte do projeto europeu Città in Scena/Cities on Stage e foi financiado com o apoio da Comissão Europeia.
Coordenação e distribuição: Aldo Miguel Grompone
Este espetáculo tem o apoio e a colaboração do Instituto Italiano di Cultura San Paolo.
sinopse
História de uma família formada por sete irmãs, Gina, Cetty, Maria, Katia, Lia, Pinuccia e Antonella, e encenada como uma espécie de cortejo macabro, que reevoca acontecimentos passados no núcleo familiar, recorrendo a memórias, sonhos, choros, risos, sacrifícios e revelações do que impede uns e outros de avançar. Vida e morte mescladas inextricavelmente.
histórico
Emma Dante é atriz, dramaturga, romancista e encenadora, nascida em 1967, em Palermo, na Itália. Formou-se em arte dramática e encenação pela Academia Nacional Silvio D’Amico, em Roma. Em 1999, fundou a Compagnia Sud Costa Occidentale. Recebeu o Prêmio Gassman e o Prêmio da Crítica por Carnezzeria (2004), o Golden Graal por Medea (2005) e o Prêmio Cultural Sinopoli (2009), entre outros. Entre os livros publicados, estão Carnezzeria. Trilogia dela Famiglia Siciliana (2007) e Trilogia degli Occhiali (2011). Seu primeiro filme, Via Castellana Bandiera” (2013), baseia-se no seu romance de estreia, homônimo. As obras de Dante vinculam-se fortemente à identidade cultural e geográfica de Palermo e exploram questões relativas à família e à exclusão, empregando humor e poeticidade.
http://www.emmadante.it
fortuna crítica
“Se bem há no teatro de Emma Dante um trabalho sobre a palavra muito forte como meio de expressão, o lugar em que ela se torna protagonista é na relação com o corpo. Os atores são levados permanentemente a uma zona expressiva de alta intensidade e demanda física, porque o que lhe interessa não é a palavra ‘dita’ mas a palavra ‘gerada’. Esta caracterização implica para a criadora um gesto fundamental em seu teatro. Porque é o corpo quem deve produzir essa palavra e não a história nem a psicologia dos personagens”. FIBA, 2009
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“A escuridão permanece como um halo depois que o espetáculo termina e as alucinações ainda se sobrepõem no profundo da memória. Tudo começou ali, naquela escuridão compacta que converte os confins da cena no invisível onde é representado As irmãs Macaluso, de Emma Dante. Dali sai a mulher que se abandona a uma dança silenciosa e o grupo que se materializa sobre o fundo e começa a marchar para frente e para trás, enquanto ela segue dançando sozinha. (…) Parecem aludir a um momento de luto privado em que a tensão emotiva da ritualidade se concentra nesse movimento pendular”. Gianni Manzella, “Il Manifesto”, 2014
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“Seu teatro insiste em fugir da representação do cotidiano até que ele se torne tão ficcional que pareça um registo direto e não, nunca, um documentário forjado. Um teatro que não se compreende numa ideia simplificada de feminismo, porque o uso que Emma Dante faz das calças, sendo político, não é menos humanista do que o desejo de abolir o estereótipo. Um teatro que, afinal, é político porque não pode ser outra coisa nem de outra forma”. Tiago Bartolomeu Costa, “Público”, 2014
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“Uma performance poderosa que proporciona um olhar amoroso, mas muito crítico de sua Sicília natal. Magistral e em movimento! (…) Com esta crônica íntima, Emma Dante mergulha-nos no coração de irmãs do Mediterrâneo, onde os laços familiares são mais fortes do que tudo, onde as tradições permanecem, onde a religião sufoca. Fábula social de acentos trágicos. (…) Neste drama que contorna o grotesco, convocamos os mortos para enlaçar melhor a vida”. Léna Martinelli, “Le Parisien”, 2014
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“Emma Dante, de Palermo, produziu um teatro social, visceralmente enraizado na realidade sociológica de uma cidade muitas vezes miserável, que, como Nápoles e uma parte da Itália profunda, sofreu o impacto da crise financeira e da máfia generalizada. (…) Sua encenação é frontal, nua e crua, alinhando imediatamente de frente para o público um muro de atrizes poderosas (…) O trabalho preciso de direção de atores, o rigor da encenação, esses são os ingredientes desse feito notável. Sem sobras. Tudo é impecavelmente manipulado, posto, coreografado”. Marc Roudier, “Inferno Magazine”, 2014
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“Os personagens que compõem as peças de Emma Dante não se encaixam bem nos nossos padrões modernos europeus e globalizados, mas, em vez disso, desesperadamente agarram-se e prendem-se ao seu tempo e a suas tradições. (…) Inspiradas nas formas tradicionais teatrais, como a ópera popular ou shows de bonecos, as peças de Emma Dante mostram um sutil equilíbrio entre melancolia e um humor frequentemente amargo, entre as maiores mitologias e as menores vitórias cotidianas”. Renan Benyamina, Festival D’Avignon, 2014
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