Project Description

CANÇÃO DE MUITO LONGE

direção

Ivo van Hove

companhia

Toneelgroep Amsterdam

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ficha técnica

Direção: Ivo van Hove
Autor: Simon Stephens
Ator: Eelco Smits
Música: Mark Eitzel
Cenografia e iluminação: Jan Versweyveld
Dramaturgia: Bart van den Eynde
Produzido por: Toneelgroep Amsterdam em coprodução com a Mostra Internacional de Teatro de São Paulo
Coprodutor em Londres: Young Vic
Produtor privado: Joachim Fleury
Cenógrafo assistente: Ramón Huijbrechts
Chefe da técnica e do departamento de produção: Wolf-Götz Schwörer
Diretor de produção: Michiel van Schijndel
Diretor de palco: Sebastiaan Kruijs
Técnico de som: Erwin Sterk
Técnico de luz: Martijn Smolders
Chefe do departamento de figurino: Wim van Vliet
Publicidade: Mette Raaphorst

sinopse

Um jovem banqueiro (Eelco Smits) retorna de Nova York para sua cidade natal, Amsterdam, para assistir ao funeral do seu irmão mais novo. Ele lê uma série de cartas em vários tons – nostálgico, desafiante e desinibido –, que ele havia escrito na tentativa de reconquistar o contato com o irmão que nunca chegou a conhecer realmente. O monólogo é um processo de luto pelo qual o jovem banqueiro mergulha na sua angústia para redescobrir a esperança e o otimismo.

“Eu quis reconstruir o passado vivo dos dois irmãos por meio de suas correspondências. As cartas nos levam diretamente à intimidade da relação deles, aos laços comuns, mas também exploram as questões que ficam sem resposta depois da morte de alguém amado. Esta é uma peça sobre a perda e o fato de o passado ser um país estrangeiro para o qual nós nunca poderemos retornar”, diz o autor, Simon Stephens.

histórico

A companhia Toneelgroep Amsterdam (TA) é uma das principais embaixadoras das artes performativas holandesas nos Países Baixos e no exterior, com um núcleo composto por um conjunto amplo e versátil de atores. É liderada por Ivo van Hove, diretor que tem sido fundamental para atrair encenadores internacionais para o grupo, como Thomas Ostermeier, Johan Simons e Krzysztof Warlikowski. Seu trabalho é caracterizado por abordagens contemporâneas inovadoras ao repertório clássico e moderno. Convidada por festivais internacionais como RuhrTriennale, Wiener Festwochen, Festival de Edinburgh e Festival d’Avignon, a companhia também já se apresentou nos Estados Unidos, Canadá, Rússia e Austrália.

Ivo Van Hove atua desde 2001 como diretor geral da Toneelgroep Amsterdam. Foi curador de teatro, música, ópera e dança no Festival anual da Holanda, de 1997 a 2004, e dirigiu companhias alemãs como Deutsches Schauspielhaus, Schaubühne e Münchner Kammerspiele. Entre os prêmios recebidos pela carreira, estão dois Obie Awards da off-Broadway em New York (por More Stately Mansions e Hedda Gabler), o Flanders Oeuvre Prize (1995), o prêmio Archangel no Festival de Edinburgh (1999), o prêmio da crítica teatral Holandesa (2007) e o Amsterdam Business Oeuvre Award (2012).

Nos últimos anos, Van Hove tem investido em versões de obras cinematográficas, obtendo pela primeira vez os direitos de adaptação dos roteiros de John Cassavetes e Michelangelo Antonioni, além de encenar Rocco e seus Irmãos, de Luchino Visconti; Teorema, baseado na obra de Pier Paolo Pasolini; e Gritos e Sussurros, Cenas de um Casamento e Depois do Ensaio, de Ingmar Bergman. Dirigiu ainda A Voz Humana, de Jean Cocteau; Children of the Sun, de Maxim Gorki; And We’ll Never Be Parted, de Jon Fosse, entre outros espetáculos.
Seu trabalho é marcado pelo fascínio pelo comportamento humano e pelas relações em um contexto de convulsão social, mostra os mecanismos sociais e personagens que nutrem uma obsessão pelo fim – e aos quais o diretor retrata sem julgamentos.

fortuna crítica

“Ivo van Hove, o encenador, juntou os silêncios inquisitivos de Lágrimas e Suspiros (Bergman) aos desencontros afetivos de Noite de Estreia e Husbands (Cassavetes), prolongou o olhar sobre o homem em perda – de poder (Ludwig, de Visconti), de identidade (Teorema, de Pasolini), de afirmação da masculinidade (Rocco e os Seus Irmãos, novamente Visconti) – e, tal como fizera com Anjos na América (Tony Kushner), abriu o ventre da América profunda pelo seu lado mais racional, desapossando-a do sonho americano, onde o individual sucumbe ao coletivo”. Tiago Bartolomeu Costa, sobre Brokeback Mountain, no “Público”, 2014
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“Limites entre os jogadores e as peças do jogo, público e privado, vida e morte, loucura e sanidade, amor e ódio e – oh, sim – quem se vê em carne e osso e quem se vê numa tela (em várias telas) ao mesmo tempo: Van Hove faz seu caminho através dessas distinções, como uma criança travessa com uma borracha mágica. (…) Sua questão, como se vê, é a porosidade das identidades daqueles que atuam e vivem pelo teatro”. Ben Brantley, sobre Opening Night, no “The New York Times”, 2008
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“Parece peculiar ou errado descrever a produção da Van Hove de uma forma linear, porque ele desorganiza poderosamente o tempo, não só como ele se aplica a Marianne e Johan, mas como ele se aplica a contar histórias no teatro. (…) Van Hove está tentando fazer uma observação sobre o casamento ser uma exibição pública tanto quanto atuar o é. Os performers falam frases inspiradas em Bergman, mas o texto que interessa ao seu diretor imensamente talentoso é aquele que não é tanto falado quanto dançado; os atores raramente param de se mover, como se eles estivessem correndo sempre alguns passos à frente das revelações que têm e não querem compartilhar. Van Hove desenvolveu uma coreografia strindbergiana pós-moderna: por meio dos corpos no palco, transmite a intimidade e a convenção assim como a força de vida e morte”. Hilton Als, sobre Cenas de um Casamento, na “New Yorker”, 2014
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“Van Hove é um praticante da nudez teatral extrema. Ele apresenta clássicos por completo, sem as distrações de figurinos extravagantes ou, frequentemente ao que parece, revestimentos externos. Ele já comparou seu estilo ao de um técnico de raio-X, radiografando o que realmente se encontra abaixo do corpo visível”. Ben Brantleyoct, sobre Angels in America, no “The New York Times”, 2014