Encenação
“Nós Somos Semelhantes A Esses Sapos…”: Artémis Stavridi, Mathurin Bolze e Hedi Thabet
Ali: Mathurin Bolze e Hedi Thabet
Companhia
MPTA – Les Mains, les Pieds et la Tête Aussi
Ficha técnica
“Nós somos semelhantes a esses sapos…”
Concepção: Ali e Hedi Thabet
Criação e Atuação: Artémis Stavridi, Mathurin Bolze e Hedi Thabet
Direção Musical Sofyann Bem Youssef
Músicos Stefanos Filos, Giannis Niarcho, Nidhal Yahyaoui
Trilha Sonora Jérôme Fèvre
Iluminação Ana Samoilovich
“Ali”
Criação e Atuação: Mathurin Bolze e Hedi Thabet
Trilha Sonora: Jérôme Fèvre
Iluminação: Ana Samoilovich
Sinopse
“Nós somos semelhantes a esses sapos…”: Uma mulher e dois homens evocam o simbolismo do casamento com se estivessem experimentando diversas roupas. Uma gramática de movimentos surpreendentes é construída em cena, especialmente pelo performer Hedi Thabet, que perdeu uma das pernas em decorrência de um câncer nos ossos. Uma orquestra está diante deles: dois cantores gregos e tunisianos vêm e vão entre repertório clássico grego do chamado rembétiko e a música popular tunisiana do Cheik e do Afrit.
Ali: “Ali”, um ato longo ou uma peça curta, significa dizer coisas sem palavras a respeito de nossos encontros, nos quais um se torna dois, dois tornam-se um e separam-se, duplos um do outro, projeção de um sobre o outro, um terceiro tipo de encontro.
Histórico
Desde sua criação, a companhia Les mains, les pieds et la tête aussi (MPTA) desenvolve uma pesquisa sensível, inventiva e exigente. Seu repertório é constantemente apresentado na França e no exterior.
Entre fases de pesquisa e criação, projetos de turnês e orientações artísticas, o diretor artístico da companhia, Mathurin Bolze – um artista de circo e da dança – examina a arte do movimento e do palco. Afinidades artísticas e desejos comuns são sempre o norte que motiva a investigação da companhia.
O MPTA possui nove trabalhos em seu repertório, sendo o primeiro deles, “La Cabane aux fenêtres”, de 2001. Desde 2011, a companhia assumiu a direção artística de um festival bienal dedicado à arte do circo, nomeado utoPistes, em conjunto com o Les Célestins – Théâtre de Lyon.
Fortuna Crítica
Revistas e alteradas no picadeiro, muletas tornam-se aparelhos (quase) como qualquer outro, motor de virtuosidade. Ali, Thabet e Bolze, obcecados pela questão da perícia técnica, são capazes de invenções inacreditáveis. Com muletas, mancando, ‘tricotando a perna’ em todos os sentidos (…), ele redefine sua anatomia para inventar um maravilhoso monstro espetacular, capaz de realizar todos os saltos imagináveis. (…) “Para rir diante do assustador”, resumem Thabet e Bolze. Rosita Boisseau. Le Monde
“Nós somos semelhantes a esses sapos…” nos tira literalmente o fôlego. Resumindo em algumas palavras, para deixar-lhes o prazer de sentir a sua respiração parar: a dança de três artistas, em harmonia total, é deslumbrante. Em cena, uma mulher, seu marido, e outro que supostamente é seu amante. Enquanto um é radiante de graça e fineza, o outro a faz rodopiar com um virtuosismo desconcertante, enquanto também – munido de uma única perna – realiza saltos triplos para trás. O grupo de maravilhosos bailarinos está acompanhado de cinco cantores e músicos orientais, que completam a grandiosidade do espetáculo. Adele Dachy. Le Vif.
(…) No entanto, longe de inspirar piedade, seu desempenho, na maior parte em silêncio, inspira unicamente espanto, respeito e mesmo leveza, como nos saltos acrobáticos que Thabet realiza (…) Tão certo é seu equilíbrio que inclusive ele resiste aos mais alarmantes ataques que Bolze investe plenamente – na altura de seu único pé e tentando derruba-lo enquanto ele “corre” usando muletas. Desabilitado? Dificilmente. Inspiração para um mundo derrotista, sim. Jenny Gilbert. The Independent.
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