Encenação
Guillermo Calderón
Ficha Técnica
Autor e diretor Guillermo Calderón
Assistente de direção María Paz Gonzalez
Elenco Luis Cerda, Francisca Lewin, Camila González, Carlos Ugarte, Trinidad González
Cenário Loreto Martínez
Trilha Sonora Felipe Bórquez
Produção Fundación Teatro a Mil
Fotos Valentino Saldívar
Sinopse
Durante os anos 80, um grupo de militantes de esquerda recebe treinamento paramilitar para resistir e derrubar a ditadura militar no Chile. Os conteúdos que são ensinados traçam um retrato da atividade e das aspirações de uma geração que fez tudo o que estava ao seu alcance para conquistar justiça e liberdade. O espetáculo, ainda que localizado num determinado período histórico chileno, ecoa os recentes atos públicos de resistência política e o espírito das manifestações que vêm tomando as ruas em diferentes países.
Histórico
Guillermo Calderón é diretor e dramaturgo, reconhecido como um dos nomes mais expressivos do teatro latino-americano, especialmente pela complexa abordagem política de seus trabalhos. Estudou Teatro e Artes da Perfomance na Universidad de Chile e na Dell’Arte School of Physical Theater, na Califórnia. Tem também mestrado em cinema pela New York University. É autor e diretor de diversas peças, entre elas Neva, Diciembre, Clase e Villa + Discurso, todas elas aclamadas pela crítica e pelo público. Em 2013, apresentou uma versão americana de Neva no Public Theater, em Nova Iorque, que colheu elogios de publicações como The New York Times e The New Yorker. Em março de 2014, estreará sua nova obra, Kuss, no Dusseldorfer Schauspielhaus.
Fortuna crítica
(…) com Escola, o dramaturgo e diretor Guillermo Calderón confirma que é hoje o criador mais contemporâneo e radical de nossa cena, segundo os cânones em voga (e o mais prestigiado fora do Chile). Nas bordas do que se pode chamar de “teatro”, esse “realizador cênico” (…) demonstra enorme talento e perspicácia para provocar o público, por meio de uma lucidez feroz e aguda. Pedro Labra, El Mercurio.
Sem dúvida, Escola resulta em uma obra incômoda, questionadora, crítica e lúcida, e justamente por isso, é um olhar necessário neste ano (2013, quando o golpe militar no Chile completou quatro décadas), em que mais uma vez ganha espaço a discussão ligada à batalha pela memória do nosso país. Claramente, Escola constitui-se numa obra de grande complexidade discursiva, que (…) fala em diferentes registros, inclusive em termos geracionais, para distintos grupos: claramente pode soar dolorosa para uma parte do público, aquela geração que viveu e sofreu nessa época (…), enquanto para um público mais jovem, pode mostrar-se ilustrativa, quase como a descoberta de uma etapa da nossa história, sistematicamente silenciada e ocultada. Fabián Escalona, sangria.cl.
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