Ministério da Cultura
e Redecard apresentam

 13 a 23 
 de Março 
 de 2025 

Pelé e Denise Assunção

13 a 23 de Março de 2025

Ações Pedagógicas

Pensar-Pisar-Percorrer: Trajetos populares

Culturas cênicas e culturas (ditas) populares: diálogos, trocas e apropriações

COM Alexandra G. Dumas e Mestre Aguinaldo Silva

MEDIAÇÃO Rafael Galante

 

No Brasil, o teatro ocupa um espaço de centralidade no campo das culturas cênicas. Não é à toa que a historiografia hegemônica brasileira demarca o seu surgimento associando-o ao processo de catequização advindo do período da colonização. Porém, para além do teatro, são muitas as possibilidades de existência e criação cênicas, sendo muitas delas gestadas e paridas em processos de enfrentamento ao hegemônico colonizador. As culturas ditas populares de caráter cênico e diaspórico podem ser disparadoras para relevante debate acerca da sua resistência, mas também na ampliação crítica acerca da sua invisibilização, epistemicídio e apropriações dominadoras, até mesmo pelo próprio teatro. Como as artes cênicas e as artes, em geral, vêm dialogando com as chamadas culturas populares? O que vem sendo construído de possibilidades interativas e respeitosas nesse campo? Esses questionamentos irão fazer girar essa roda, movimentar essa conversa.

Quando e onde

20 de março, quinta, das 14h às 15h30

Centro de Referência da Dança

Gratuito

SOBRE

Alexandra G. Dumas  é professora da Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia e do Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas da Universidade Federal da Bahia. Têm atuação como docente e pesquisadora nas áreas de culturas populares afro-brasileiras e em pedagogias e poéticas cênicas negrorreferenciadas. É maruja da Marujada de São Benedito, da cidade de Prado-Bahia.

 

Mestre Aguinaldo Silva é artista popular vindo do corte da cana de açúcar. Dançarino, tocador e brincador de Cavalo Marinho e Maracatu Rural desde os doze anos. É figureiro no Cavalo Marinho Estrela de Ouro e puxador de cordão do Maracatu de Baque Solto Leão de Ouro, ambos de Condado (PE). Começou brincando com 12 anos no Cavalo Marinho Estrela do Oriente, do Mestre Inácio Lucindo, como Dama. Aos 15 anos começou a brincar no Maracatu Leão da Floresta, depois brincou 19 anos no Maracatu da Piaba e brinca há quase 20 anos no Maracatu Leão de Ouro, do Mestre Biu Alexandre, seu pai, que foi dono também do Cavalo Marinho Estrela de Ouro de Condado, onde Aguinaldo também é o mestre do Cavalo Marinho, além de figureiro. Participou de diversos espetáculos, como Consagração (2005) e Ilha Brasil (2006), além de colaborar com grupos como Boi Marinho, de Recife,  Núcleo Manjarra, de São Paulo, e PELEJA, de Olinda.


Rafael Galante é historiador e etnomusicólogo. Realizou pesquisas sobre a história da diáspora musical africana em parceria com comunidades tradicionais no Brasil, em Cuba e Moçambique.