Fortaleza

ARTISTA: Cia. Dita

Brasil, 2019 |  40 min. | Classificação indicativa: 18 anos

Fortaleza

11/6, às 18h

12/6, às 19h

LOCAL: Teatro Arthur Azevedo

Sinopse

A palavra Fortaleza traz a ambiguidade de ser o nome da capital do Estado do Ceará, na região nordeste do Brasil, e designar uma estrutura arquitetônica militar projetada para a defesa na guerra – aludindo às ideias de força e fortificação. O espetáculo da Cia. Dita remete a essas duas possibilidades, já que trabalha a partir da iconografia da cidade, por meio de fotografias que retratam os bailarinos nus diante de marcos arquitetônicos. O trabalho apresenta-se como resistência, revelando um corpo-cidade político que busca tornar possível viver na aspereza da vida urbana, ao mesmo tempo que coloca em evidência as raízes indígenas, a influência da Belle Époque e de outros fatos históricos da capital. Revela corpos periféricos e marginais, em permanente estado de guerra. Ali se inscrevem simultaneamente a violência e a delicadeza da cidade, cujo nome já traz em si a ideia de resiliência. 

Histórico

A Cia.Dita estreou em 2003, sob direção do coreógrafo cearense Fauller, apresentando o espetáculo De-vir, em Fortaleza. Nos anos seguintes começou a circular por várias cidades brasileiras. O grupo também criou os espetáculos INC., Óbvio, L’après Midi d’un Fauller, Corpornô, Mulata e Fortaleza. A companhia ainda incursionou em trabalhos no cinema e em outras linguagens. Participou de importantes festivais e eventos de dança no país, como: Bienal Internacional de Dança do Ceará, Festival Panorama – RJ, Fórum Internacional de Dança de Belo Horizonte – FID, Festival Palco Giratório, Circulação Sesc Nacional, Festival Viva Dança e Festival de Dança de Itacaré – Bahia, Conexão Dança – Maranhão. Fora do Brasil, apresentou-se no Festival Brasil Move Berlim, FIDAE – Montevideo, Festival de Teatro de Rafaela (Argentina), Festival Brasil em Chile, Chile en Brasil (Santiago) e Conexão Cabo Verde.

FORTUNA CRÍTICA

A edificação dessa cidade feita pelas pessoas e a partir delas é o que deverá estar na nova montagem, desde as raízes indígenas, passando pela relação com a Belle Époque, até acontecimentos mais recentes ligados à violência urbana – como as chacinas do Curió e da Gentilândia.”

RÔMULO COSTA, Diário do Nordeste

Ficha Técnica

Bailarinos criadores: Clarissa Costa, Enoque Viana, Fauller, Patrícia Crespí, Henrique Castro e Wilemara Barros
Direção e concepção: Fauller
Fotos do Projeto Fortaleza: Régis Amora
Trilha sonora original: Ayrton Pessoa
Criação de luz: Fábio Oliveira
Operação de luz: Ciel Carvalho