Canto para Rinocerontes e Homens

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Direção: Rogério Tarifa
Quando: Dias 8 e 9/3, às 17h
Onde: Galpão do Folias
Duração: 180 min – Com legenda
Classificação indicativa: Acima de 16

Sinopse

Inspirada na obra O Rinoceronte, de Eugene Ionesco (1909-1994), Canto para Rinocerontes e Homens, da companhia Teatro do Osso, propõe uma reflexão sobre temas como os crimes de ódio, racismo, culto à beleza, excesso de trabalho,  precarização do ensino, nossa falta de sonhos e a extinção da humanidade. Escrita em 1959, a peça de Ionesco retrata uma cidade em que quase todos os habitantes são afetados por uma doença rara, que os transforma em rinocerontes. Somente o simplório Bérenger não sofre com esse mal, tornando-se o único ser humano da terra.

A montagem é dividida em quatro atos, além de prólogo e epílogo. No palco, a história é cantada pelos atores em uma arena, com acompanhamento de piano e percussão. Já nos intervalos, são exibidos vídeos e depoimentos que convidam o público a refletir sobre os motivos que nos levam a agir como animais irracionais e violentos, verdadeiros “rinocerontes urbanos” dentro das grandes metrópoles.

Histórico 

Será que nós, seres humanos, gostaríamos de virar rinocerontes? Foi a partir desse e de outros questionamentos que os atores do Teatro do Osso, sob a direção de Rogério Tarifa (Cia do Tijolo e Cia São Jorge de Variedades), iniciaram o processo de criação do espetáculo Canto para Rinocerontes e Homens. A peça circula desde o final de 2015 por centros culturais tradicionais – como o Galpão do Folias, Itaú Cultural, Sesc Santos, entre outros –, além de ter sido apresentada em diversos espaços nas periferias de São Paulo, graças a um projeto contemplado pelo Prêmio Zé Renato.

A montagem foi ensaiada por nove meses e marca a parceria de Rogério Tarifa, William Guedes e Jonathan Silva, integrantes da Cia do Tijolo e vencedores do Prêmio Shell de Teatro. O espetáculo ficou entre as cinco melhores peças de São Paulo na avaliação do Guia da Folha e ganhou o Prêmio Aplauso Brasil na categoria Melhor Espetáculo de Grupo.

Ficha Técnica

Direção: Rogério Tarifa
Teatro do Osso: Guilherme Carrasco, Isadora Títto, Luísa Valente, João Victor Toledo Murillo Basso, Renan Ferreira, Rubens Alexandre e Viviane Almeida
Dramaturgia: Jonathan Silva, Rogério Tarifa e elenco
Direção Musical e Preparação Vocal: William Guedes
Músicos: Bruno Pfefferkorn e Filipe Astolfi
Composição (Músicas Inéditas): Jonathan Silva
Cenário: Rogério Tarifa
Cenotécnico: Zito Rodrígues
Figurino: Silvana Carvalho, Rogério Tarifa e elenco
Colaboração: Artur Abe
Consciência Corporal e Direção de Movimento: Érika Moura
Desenho de Luz: Rafael Souza Lopes
Operador de Luz: Nara Zocher
Vídeo: Flávio Barollo
Supervisão do Teatro de Animação: Luiz André Cherubini
Fotos: Cacá Bernardes

No elenco está a maior força de Cantos Para Homens e Rinocerontes. Ao atravessarem por diversas linguagens, os atores demonstram o vigor da narrativa de Ionesco, em seus desdobramentos. Dentro do universo da transformação e invasão dos bichos, há uma mar de temas  a metrópole, o trabalho, a violência e a exploração  que os atores vão buscar como se pega água num poço para matar a sede”.
Leandro Nunes – O Estado de São Paulo – Caderno 2 – 28/07/2016

 

A montagem musical é uma espécie de ópera popular que ressalta a enunciação da palavra. E tudo acontece em uma arena. Nessa estrutura circular, o público passa a fazer parte dos dilemas apresentados e do exame crítico e coletivo sobre o tema. É uma atitude avançada de grande implicação política”.
Paulo Bio Toledo – Folha de São Paulo – Ilustrada  – 16/12/2017

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