PRA FRENTE O PIOR

DIREÇÃO: Inquieta Cia

FORTALEZA/CE, 2016 | 50min | Classificação indicativa: 16 anos

Pra frente o Pior ©Eden Barbosa
©Eden Barbosa

14/3, às 20h

LOCAL: Teatro de Contêiner Mungunzá.

Pague o quanto puder
Entrevista pública com Andréia Pires
Oficina: Investigações para a Selvageria do Corpo
Diálogos transversais
Fortaleza 2040

SinopsePRA FRENTE O PIOR traça um percurso vertiginoso sobre o que significa conviver em sociedade, em especial no atual momento sócio-político do Brasil e do mundo. De mãos dadas, os seis intérpretes movimentam-se cada um a seu modo, formando uma massa amorfa, sempre unida, porém desorientada e desconexa. É como se quisessem caminhar adiante e juntos, mesmo que não cheguem a um destino ou não suportem mais o percurso. Uma espécie de fim de festa, um fim de esperança, mas que não causa paralisia, pelo contrário: no desespero, tenta-se sempre reagir, ainda que se esteja apenas cavando o próprio fim. Fruto do diálogo entre a Inquieta Cia. e os artistas Marcelo Evelin e Thereza Rocha, o espetáculo transita entre linguagens (teatro, dança e performance) e parte de estudos sobre a dramaturgia que nasce do corpo, de seus gestos e expressões, e ressoa além dele.

HistóricoA cearense Inquieta Cia. não se atém a funções ou referências em suas pesquisas e atividades artísticas. Investe em criações coletivas e em trabalhos que mobilizem o meio artístico e a sociedade, que tratem da singularidade e da diversidade dos corpos. Entre seus espetáculos estão Metrópole, Esconderijo dos Gigantes e PRA FRENTE O PIOR. Desde 2016, a investigação em torno do PIOR tem gerado outros materiais, como a instalação performativa Derivações do PIOR, a exposição fotográfica \Ainda PIOR de Novo\ e o \arquivo do PIOR\, publicado na revista VAZANTES a convite da Universidade Federal do Ceará, que retoma a pesquisa e suas ações. O grupo também trabalha com ações formativas, ministrando cursos e oficinas-performances.

CRÍTICAS

O trabalho é de uma violência tocante, às vezes eufórica. Sempre contínua, e ainda que em momentos pareça amortecida, nunca é acalmada. Seguir em frente, mesmo que a gente se desfaça. É a metáfora máxima da condição humana como eles nos mostram.

HENRIQUE ROCHELLE, crítico de dança

Pra Frente o Pior não comporta o fazer de conta. A obra está ali: viva e presente. A linguagem figurativa e o movimento demonstrativo não cabem e os seis performers sabem disso. A obra ganha força justamente pela repetição sincera, pelo movimento espontâneo. O espetáculo vale apenas o suor derramado em cena. E isso é tudo.

RENATO ABÊ, O Povo

E fui me vendo daquele jeito: empurrada, adormecida, carregada, hipnotizada, esbagaçada, amordaçada, ajoelhada, muda, trancafiada, açoitada. E tem sido assim… E o pior de tudo é que não é só eu! Era tanta gente ali. A humanidade inteira, a vida inteira, a existência inteira. Quanto mais eu me via, mais via outros em mim. E o que resta? Se ver. Gratidão a Inquieta. Eis que a vida é. Imperdível.

ROSA PRIMO, bailarina e professora do curso de Dança da UFC

Ficha Técnica

PERFORMERS: Andréia Pires, Andrei Bessa, Geane Albuquerque, Gyl Giffony, Lucas Galvino, Wellington Fonseca
INTERLOCUÇÃO: Marcelo Evelin
COLABORAÇÃO DRAMATÚRGICA: Thereza Rocha
SOM: Uirá dos Reis
CENOGRAFIA: Inquieta Cia. e Caroline Holanda
FIGURINO: Isac Sobrinho e Mallkon Araújo
ILUMINAÇÃO: Inquieta Cia. e Walter Façanha
PROJETO GRÁFICO: Andrei Bessa
FOTOS: Chun, Igor Cavalcante Moura, Éden Barbosa, Rômulo Juracy e Thiago Sabino
PRODUÇÃO: Inquieta Cia.

ENTREVISTA
Críticas